terça-feira, dezembro 21, 2010

Generadora 2010 - Granada, Espanha

Sessão de abertura
Generadoras, empreendedoras, mulheres de negócios!
Recebi um convite e aproveitei. Candidatei-me, fui seleccionada e por fim viajei até Granada para uma nova experiência: a de futura empresária.
Bagagem, decoração, flyers, desdobráveis, cartazes publicitários........... ui! A preparação durou até ao dia da partida, pois era importante não esquecer nada!

Palácio de Congressos de Granada
5 horas de viagem de carro e chegamos ao edifício - Palácio dos Congressos de Granada!
Excelente organização, desde a recepção até ao final da feira, apenas diria que faltou uma boa comidita portuguesa!





As expectativas eram muitas e a curiosidade imensa, no entanto, ambas sairam  um pouco goradas. Penso que a divulgação para o exterior do edifício foi bastante deficitária e a afluência relativamente baixa.
Era uma Feira de Mulheres Empresárias, para Mulheres. Deveria ter sido uma Feira de Mulheres Empresárias, para o Mundo - Homem e Mulher, sem identificação de Género...

Mas, a oportunidade foi excelente e bem aproveitada. Alguns contactos e conhecimentos novos começaram a preencher a minha agenda de futuros potencias clientes e colaboradores, e a ver vamos!
Tudo tem um início e tudo depende de nós mesmos.
Este é o meu início no mundo empresarial e tudo vou fazer para correr sobre rodas...

Deixo-vos algumas fotos do evento:

Decoração do nosso stand

O nosso stand no dia de abertura

Mais uma imagem do stand e sua decoração

Já agora, aproveito a oportunidade para dizer que a cidade de Granada é de facto muito, muito bonita! Espectacular mesmo. Neve, pouca ainda, mas frio, upa, upa!

Hotel Saray - a 50m do Palácio de Congressos


Zona histórica de Granada


Praça de Touros de Granada

Despedida de Granada... algures na auto-estrada

Boas Festas e bons passeios...

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Dona Empresa - Portimão, 2010

Durante algumas semanas, tive o previlégio de pertencer a um grupo de mulheres (sem serem as denominadas feministas!) empreendedoras e com visão do futuro. As Donas Empresas!
Trata-se de um programa criado, com uma estrutura de desenvolvimento de empresas geridas por mulheres, num conceito de Igualdade de Direitos. Mas mais do que o conteúdo da formação, foi a oportunidade de conhecer pessoas de todas as esferas, com visões, experiências de vida e conceitos de vida diferentes umas das outras, mas enriquecedoras em todos os sentidos.
Foi simplesmente gratificante fazer parte desse grupo. E agora, que acabou a formação e que nos lançamos aos nossos projectos, umas com mais urgência, outras com menos, estamos a entrar noutra dimensão. Numa dimensão em que a qualquer momento começamos a andar cada vez mais rápido. Tão rápido, que quando damos conta, seremos as empresárias do futuro, agora!

É esse o meu desejo para todas nós, cada uma a seu tempo. Mas que todas tenhamos o sucesso que merecemos porque nos vamos empenhar nisso a fundo. Sem nunca deixar o que é importante para nós para trás! Atenção a isso...

Meninas, trabalhemos, pois vamos lá chegar! Tenho a certeza disso e com muito, muito sucesso!

Beijos a todas:
Margarida, Joyce, Cristina, Pamela, Aldira, Isabel, Sayonara, Sandra, Arlete, Lídia, Rosa, Marisa, Maria João, Sónia e Gilda.

domingo, novembro 14, 2010

Vila de Monchique e Fóia

Fóio - Setembro 2010. Aqui, as núvens estão abaixo de nós...
Fóia: ponto mais alto de todo o Algarve, com os seus cerca de 910 metros de altitude, transporta-nos para outra estação, mesmo em pleno dia de Verão. Neste dia, com cerca de 31ºC ao nível do mar, chegamos lá acima e a temperatura vai para os 12-13ºC!
Frio. Muito frio, para quem vai de vestes de Verão!

Ao chegar lá acima, podemos apreciar a vista sobre toda a Serra de Monchique, onde as árvores formam um verdejante tapete que cobre grande parte da Serra. Pena e triste, as manchas despovoadas de árvores que se avistam aqui e além, devido a "desastres" que o Homem  ainda insiste em manter e promover, com os fogos que se verificam ano após ano...
Subir ao cimo das pedras na Fóia.


 As árvores, como alguém escreveu, "formam um misterioso jardim, uma catedral natural que o mar emoldura no infinito."

Lá em cima, sentimos a fria briza e as núvens que por nós passam e nos fazem sentir como sendo "parte" da natureza, de forma nua e natural.







 Descemos, em sentido à Vila de Monchique. Pelo caminho, passando por caminhos emoldurados de vegetação luxuriante, fontes, ribeiros e regatos que a cada curva se vão descobrindo. É esta riqueza hidrológica que dá vida, cor e frescura a esta região.

Castanhas ainda dentro do "ouriço" em fase de amadurecimento.

Castanheiro (árvore adulta) - nome científico: Castanea sativa

Uma das espécies, entre muitas outras, que se evidenciam na paisagem, são os Castanheiros (Castanea sativa), que nesta altura do ano, nos fornecem o precioso fruto, que pelas ruas das nossas vilas e cidades nos fazem cescer a água na boca - as castanhas. Aqui, ainda em fase de maturação.
Caminhos na Serra da Monchique, entre Castanheiros e Eucaliptos.

Caminhos e mais caminhos, por entre árvores várias. Aqui, uma zona de eucaliptal.

A extracção de sienitos (usada nas pedras de calçada da região) e a extracção de cortiça, são duas das actividades económicas mais importantes na região, a par do engarrafamento da água de Monchique e da exploração florestal intensiva (eucaliptos e pinheiros).

Outras fontes de rendimento são os produtos agro-alimentares artesanais e a apicultura. A suinicultura e a agricultura de subsistência, em socalcos, tmabém são relevantes para a economia local. Convém referir a já famosa Feira dos Enchidos de Monchique!


Vistas panorâmicas da Serra, transporta-nos para várias direcções e orientações desde a Serra até ao mar, lá ao fundo...
Vista da Serra num dos muitos miradouros que se podem encontrar.

Vila de Monchique: arte e cultura popular encontram-se no centro da vila.
Descemos mais um pouco pela serra e chegamos á vila: Vila de Monchique.

Aqui, encontramos a tradição da vila, aliada à modernização, num misto de arte e tradição, que tanto motiva e incentiva o turismo local.
Alusão aos mais pequenos da vila.

Painel de azulejos, situado no centro da vila.

Vista panoramica da Vila de Monchique.

Mais uma das vistas da Serra de Monchique.


Vale a pena visitar, com calma e tempo, de forma a descobrir o que de genuíno ainda existe na nossa região.

Fui um dia muito bem passado, em família.

Ah, e já agora, não deixe de experimentar a melhor parte: a gastronomia local - doces e enchidos....hum!

Aprecie e....bons passeios.
Momentos da vida da Vila, onde o doutor conversava com os mais jovens da terra.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Alte - onde o verde e a água convidam a infindáveis momentos de lazer

Em mais um dia de passeio pelo nosso barrocal algarvio, cheguei a este fantástico lugar, baptizado de ALTE. Com as suas casas de tipo rural, construídas em taipa e com tecto de caniço que enquadram a brancura de uma aldeira tipicamente serrana, atraem qualquer turista nacional ou estrangeiros, para um passeio pedonal pelas suas ruas e ruelas. Note-se que a aldeia de Alte é geralmente considerada como uma das mais bonitas de Portugal.
Foi a tipicidade desta aldeia que me convidou a percorrer essas ruas apertadas, com calçadas empedradas com a tradicional calçada e com pequenos páteos aqui e ali, cheios de floreiras de coloridas e floridas sardinheiras (Pelargonium zonale).
A aldeia foi edificada entre os 4 cerros que a rodeiam: Galvana, Francelheira, Castelo e Rocha Maior, e convido-vos a um passeio "virtual" pela aldeia:

Num dos painéis visíveis ao longo do passeio junto á ribeira, é possível ver e ler este poema de Luís de Camões, tão antigo na sua origem, mas igualmente actual na mensagem que deixa.

Numa das esplanadas junto á ribeira, todas as mesas são construídas com os pés em ferro provenientes das famosas máquinas de costura de mesa - SINGER. Original e respeita os princípios da reciclagem...

A ribeira que atravessa Alte, desde a Fonte Grande à Queda do Vigário, dá frescura perene e alegria á aldeia. É frequente encontrar crianças e adultos a banharem-se e a brincar nas límpidas e frias águas da ribeira.




Pela aldeia adentro, caminhando desde a ribeira até ao centro da aldeia, é possível observar pequenas e típicas ruelas, com a sua típica calçada á portuguesa e aqui, com uma esplêndida bougainvillea em flor para alegrar o olho.

Em frente da Igreja Matriz de Alte, consegue ver-se ainda a placa na parede da casa que indica o sentido da Estrada Nacional, por caminhos outrora seguidos, mas que neste momento apenas são seguidos pelos turistas, curiosos e moradores locais, que querem explorar os caminhos de antigamente.
Capela de S. Luís nos dias de hoje.

Capela de S. Luíz nos tempos de outrora. Ao longo das ruelas podemos observar imagens dos vários pontos históricos da vila, em diferentes momentos da sua vida e evolução. Observem que a árvore é ainda a mesma em ambas as imagens...


Porta principal de entrada da Igreja Matriz. Com fundação anterior ao séc. XV, a igreja sofreu remodelações nos séc. XVI e XVIII. O portal e as pias baptismais são manuelinos. O maior destaque desta igreja, são a abóboda quinhentista artesoada, revestida com azulejos do séc. XVIII e talha barroca. Magníficos azulejos policromos completam a decoração da igreja, assim como as belas imagensde Santa Teresa (séc. XVII), Nossa Senhora do Rosário e Santa Margarida (séc. XVIII), também decoradas a azulejo.

Vista geral da Igreja Matriz, no centro da Aldeia de Alte.

De volta á Ribeira, passo por mais uma ruela em que a arquitectura típica se funde com o conforto das modernas casas por dentro, mas mantêm a cor e imagem de antigamente por fora.

Rua dos Pisadoiros, um painel de azulejos descreve e mostra uma das actividades praticada nos tempos idos e que ainda se mantêm vivo nas mentes dos mais idosos. Esta era a rua em que a actividade de empreita da palma era praticada desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do sol, pelas senhoras da terra. A tarefa consistia em, após demolhar nas levadas da ribeira e enxuto o esparto, nas suas margens, este (o esparto) era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia. Á noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos, numa delicada e fina baracinha. Eram depois comercializados como objectos funcionais do quotidiano: ceirões, cabos, sacos de rede, alcofas, tapetes...
  
Um dos pontos mais altos da aldeia, onde é poss

Escultura na ribeira.


 
O pormenor de troncos de alfarrobeira (nome científico: Ceratonia siliqua, nome comum: alfarrobeira) a emergir de uma rocha, demonstrando e elevada capacidade de resistência e de persistência, para vingar num sistema rochoso como o da região. Podia ser uma escultura, mas é a natureza a sua autora... 


Exemplo de uma nora em funcionamento. Esta encontra-se á entrada do restaurante "Fonte Pequena", que se recomenda, principalmente pela especialidade que eu bastante aprecio: Carapaus alimados.....

Vista da margem lateral da ribeira

Um dos muitos poemas de Cândido Guerreiro - poeta altense, que tantas vezes se inspirou nas suas visitas á Fonte Pequena. O poeta apreciava particularmente a harmonia bucólica do local, cujas características ainda hoje se mantêm. Aliás, foi nesse lugar que a povoação resolveu adificar uma estátua sua, em sua homenagem.

A Fonte Pequena.

Ponte de acesso á vila, que passa sobre a ribeira. Vejam-se os bandos de patos mudos, patos reais e cisnes que passeam calmamente pela ribeira em busca de comida que os transeuntes e residentes lhes atiram á água.... A Maggie bem que olhou para eles e fez as suas contas de cabeça......mas decidiu apenas nadar com eles!
Ora bem.....quantos são?????

Ataque!!!!.....Bolas, a água está fria, brrrrrrr.........
fugiram todos. Porque seria?
 Muitas coisas ficaram por ver, mas muitas ficaram na memória. É um passeio para fazer só, ou em família, mas não esquecer nunca um farnelzito e um livro ou caderno de apontamentos, de forma a poder apreciar verdadeiramente este ambiente á nossa volta, que tanta gente inspirou...

E não deixe de apreciar a doçaria e confeitaria com a tradicional amêndoa e mel, nas pastelarias locais. E a aguardente de medronho que vai bem com todos esses docinhos...

Divirta-se e bons passeios...

terça-feira, setembro 07, 2010

Aniversário - o meu...

Mais um anito de experiência, como eu costumo dizer.
Quando somos crianças, queremos ser adultos depressa, para fazer o que os "grandes" fazem. Quando somos adolescentes, queremos ter rapidamente 18 anos, para ser "de maior"! Chegados os 18, (rapidamente!), começamos a somar.....somar.....somar.....e eis que passados uns anitos, dizemos: "Bolas, ainda ontem era uma criança traquina, e hoje já tenho esta idade!".
Pois venham eles (os anos), pois cá estamos para ver o que vamos fazendo dessa mesma idade. Vamos crescendo (não só em idade!...) e vamos aprendendo (ou por vezes desaprendendo) a (sobre)viver. E isso, é a parte positiva de tudo: estar cá para corrigir o que se faz menos bem, melhorar aquilo em que nos deserascamos bem e acima de tudo, estar ao lado de quem mais gostamos e que para nós tudo significa: a família, os amigos - humanos e animais - e todos aqueles que de uma forma ou outro marcam cada dia das nossas vidas.

E sermos felizes é importante. Com a idade, todo o conceito de felicidade vai mudando e o meu está a mudar a cada minuto. Sou feliz, á minha maneira, para os meus conceitos estabelecidos. E isso basta.
Há uns meses captei esta imagem numa traineira na Ilha de Faro, pelo que não sabendo quem poderá ser o seu proprietário, desde já lhe agradeço a mensagem: "somos felizes" e quero convosco partilhá-la:

Por isso, Feliz Aniversário para mim e para todos aqueles que partilham esta data comigo....

Sejam felizes à vossa maneira...

segunda-feira, agosto 16, 2010

Feliz Aniversário, Maggie!

Parabéns por estes 8 anitos passados na minha companhia.

Á minha menina, tudo há a dizer, mas poucas palavras o podem descrever: dedicação, carinho, boa disposição, prontidão, brincalhona, doce...... tantas palavras!                A este maravilhoso Ser, um obrigado muito grande e que continue a aturar-me por muitos e muitos anos mais....



domingo, agosto 01, 2010

Novidades...

Novidades...
Diz o dicionário da Porto Editora, (pré acordo ortográfico!) que "novidade" é "a qualidade daquilo ou de quem é novo; primeira informação; nova; notícia; originalidade; raridade; estranheza; perigo; desgraça; motim; os primeiros frutos da colheita."
É tudo isso de facto, e muito mais. Novidade para mim, é tudo aquilo que nos surge nas nossas vidas e que de uma qualquer forma nos atinge pela positiva ou menos favoravelmente, pelo lado negativo. Nos altera os nossos princípios, a nossa maneira de pensar, ou mais radicalmente, a nossa maneira de viver.

Ao encontrar coisas "novas" na vida, vemos a nossa percepção do mundo alterada. Tudo o que se julgava certo, muda. Tudo o que existia já não existe. Mas, vendo pelo lado positivo, é uma oportunidade para mudar. Para evoluir. Para alterar os nossos objectivos e metas. É o passar do imaginado ao potencial real!

Confusa esta minha intervenção passados tantos meses sobre a minha última entrada, mas é o que sinto. Aconteceram coisas novas - novidades - que me mudaram e fizeram ver tudo de outra forma com uma novo olhar. E aí está a beleza das coisas, mesmo que nos pareçam inicialmente más: pudemos mudar tudo e voltar a reiniciar as nossas vidas. Por muito difícil ou quase impossível que nos possa parecer, tudo é possível. Não basta desejá-lo, temos que querer mesmo!
Vamos ver onde estas novidades nos levam....

Boa praia...

domingo, abril 18, 2010

Festa Grande da Mãe Soberana, Nossa Senhora da Piedade - Loulé









Neste dia 18 de Abril, na cidade de Loulé, ocorreu mais um evento de carácter religioso, onde ocorreram milhares de fiéis à cidade. Neste dia, festeja-se o adeus à padroeira de Loulé, conhecida pela "festa grande". Durante a "festa pequena", que decorreu 15 dias antes, festejou-se a descida da ermida da Senhora da Piedade, até à Igreja de São Francisco.


Um pouco de História:

As festividades da Mãe Soberana constituem uma tradição que data do século XVI estando ainda bastante enraizada na comunidade local.

Nesta manifestação de culto pela fé existem duas vertentes distintas: a religiosa no seu sentido significativo, e a profana, na mais ampla e liberal exteriorização popular.

Conta a lenda que, várias foram as tentativas para construir uma ermida em honra da Virgem da Piedade, numa gruta, saíndo sempre frustradas. Conta-se que os pedreiros, ao fim do dia de trabalho e ao deixar as ferramentas no local, regressavam pela manhã e encontravam essas mesmas ferramentas no alto de cerro. Atribuiu-se então tal facto, a uma intervenção e "milagre" da santa, que assim manifestava a sua vontade de ter a sua casa num local alto e sobranceiro e não escondida numa gruta. E fez-se a sua vontade...

As datas de construção/edificação não são claras, e os historiadores têm vindo a considerar a data de 1553 como sendo a "data oficial" da edificação da Ermida da Nossa Senhora da Piedade.

A missa:



O programa das comemorações começa nos dias 15, 16 e 17 de Abril, com um Tríduo Solene em que se assinala o Dia dos Colaboradores, do Idoso e do Doente, da Família e dos Jovens. Várias são as missas celebradas, em vários pontos da cidade. No dia 18, é então celebrada a missa campal, junto ao Monumento Engº Duarte Pacheco, presidida pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas. Após a eucaristia, tem início a grande procissão que percorre então as ruas da cidade.

Mesmo com a ameaça de chuva, que até se fez notar por breves momentos, a afluência ao evento fez-se notar. Gente local e vinda de todo o Algarve e regiões mais além, portugueses e estrangeiros (multi-nações), assistiram á missa e acompanharam a Santa na sua caminhada até á Capela.





Como a tradição manda, são os "jovens de carregam a Santa pelas ruas da cidade até ao seu Santuário, passando essa tradição de pais para filhos. Em tempos passados, estes homens eram considerados seres com capacidades sobre-humanas, devido ao esforço necessário para alcançar o cume e o Santuário.

Vestidos a rigor, com as suas vestes brancas (calças e opas) e mantos azuis, 8 homens caminham então pelo difícil percurso desde a baixa da cidade até ao cimo do íngreme serro onde se situa o Santuário, sempre ao ritmo da música tocada pela banda filarmónica e ainda acompanhada pelos Bombeiros e GNR.



Curiosidades:
Na procissão da "festa grande", o andor, na sua despedida à cidade, pára em frente ao edifício dos Paços do Concelho, pois era aí, que se elegiam os mordomos da confraria de Nossa Senhora da Piedade e se nomeavam os homens que em cada ano transportariam o andor. Mas também porque se pretende sublinhar os laços eclesiásticos e laicos e também porque se quer lembrar aos que tomam as rédeas ao poder local, a Piedade, a Honestidade, o Sofrimento, enfim, a Humanidade (...!!!...).

A beleza da decoração do andor e a riqueza do bordado do manto da Santa é inegável. Ricamente bordado a fio de ouro, sobre a cor azul, relembra a tradição e perfeição das bordadeiras de outros tempos. Vale a pena admirar a beleza deste bordado...
Logo que se escutam os acordes da "marcha picada" do hino da Mãe Soberana, o passo acelera, transformando-se numa corrida de equilibrio, com a população a exortar o esforço. Acenam-se com milhares de lenços brancos a sua passagem e dão-se vivas á Santa.
Ainda um facto curioso, é o de os homens que levam o andor caminharem em passo rápido, fazendo com que a Santa dance ao ritmo da música, facto este único e diferente de qualquer outra procissão a que jamais assisti, proporcionando um sentimento de alegria e fé a todos os que assistem à sua passagem. O olhar e a expressão no rosto dos mais velhotes dá-nos um sentimento de crença, só possível num meio como o vivenciado aqui, no momento...


Estamos agora frente ao largo de S. Francisco. Aqui, paramos para um breve momento de descanso, para que os portadores do andor possam recuperar forças para o percurso final.

Após isso, inicia-se a escalada do caminho que dá acesso ao Altar da Nossa Senhora da Piedade. Este é um momento espantoso da fé cristã nesta terra. Ao esforço gigantesco dos homens que transportam a Virgem, alia-se a força espiritual dos muitos fiéis que, em vivas e em passo vivo e na cadência musicada dos membros da banda, vão "empurrando", calçada acima, o pesado andor da padroeira.







Resta apenas dizer que não é só em Fátima que se vive a fé, mas é também aqui que, hoje e desde décadas, acontece a maior manifestação de religiosidade a Sul do País.
Desconhecida por muitos, mas vivenciada por bastantes....

Hino
Nossa Senhora da Piedade
Ó doce Mãe da Piedade,
Ó Maria Imaculada
Sede para sábio e rude
A nossa mãe muito amada
Sede a nossa Protectora,
Ó doce Virgem Maria.
Sede a Rainha, Senhora,
Da nossa terra algarvia.
Sede a nossa Mãe Soberana.
Nossa esperança, amparo e luz.
Sede a Guia carinhosa
Que pobres e cegos conduz.
Terra de Santa Maria,
Ó bendita Mãe de Deus,
Todo o povo em vós confia.
No mar, na terra e nos céus.

Texto elaborado com o apoio a artigos publicados pela Câmara Municipal de Loulé na página do Município e ainda em artigos da página CNA - Central de Notícias do Algarve e Observatório do Algarve.


terça-feira, dezembro 21, 2010

Generadora 2010 - Granada, Espanha

Sessão de abertura
Generadoras, empreendedoras, mulheres de negócios!
Recebi um convite e aproveitei. Candidatei-me, fui seleccionada e por fim viajei até Granada para uma nova experiência: a de futura empresária.
Bagagem, decoração, flyers, desdobráveis, cartazes publicitários........... ui! A preparação durou até ao dia da partida, pois era importante não esquecer nada!

Palácio de Congressos de Granada
5 horas de viagem de carro e chegamos ao edifício - Palácio dos Congressos de Granada!
Excelente organização, desde a recepção até ao final da feira, apenas diria que faltou uma boa comidita portuguesa!





As expectativas eram muitas e a curiosidade imensa, no entanto, ambas sairam  um pouco goradas. Penso que a divulgação para o exterior do edifício foi bastante deficitária e a afluência relativamente baixa.
Era uma Feira de Mulheres Empresárias, para Mulheres. Deveria ter sido uma Feira de Mulheres Empresárias, para o Mundo - Homem e Mulher, sem identificação de Género...

Mas, a oportunidade foi excelente e bem aproveitada. Alguns contactos e conhecimentos novos começaram a preencher a minha agenda de futuros potencias clientes e colaboradores, e a ver vamos!
Tudo tem um início e tudo depende de nós mesmos.
Este é o meu início no mundo empresarial e tudo vou fazer para correr sobre rodas...

Deixo-vos algumas fotos do evento:

Decoração do nosso stand

O nosso stand no dia de abertura

Mais uma imagem do stand e sua decoração

Já agora, aproveito a oportunidade para dizer que a cidade de Granada é de facto muito, muito bonita! Espectacular mesmo. Neve, pouca ainda, mas frio, upa, upa!

Hotel Saray - a 50m do Palácio de Congressos


Zona histórica de Granada


Praça de Touros de Granada

Despedida de Granada... algures na auto-estrada

Boas Festas e bons passeios...

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Dona Empresa - Portimão, 2010

Durante algumas semanas, tive o previlégio de pertencer a um grupo de mulheres (sem serem as denominadas feministas!) empreendedoras e com visão do futuro. As Donas Empresas!
Trata-se de um programa criado, com uma estrutura de desenvolvimento de empresas geridas por mulheres, num conceito de Igualdade de Direitos. Mas mais do que o conteúdo da formação, foi a oportunidade de conhecer pessoas de todas as esferas, com visões, experiências de vida e conceitos de vida diferentes umas das outras, mas enriquecedoras em todos os sentidos.
Foi simplesmente gratificante fazer parte desse grupo. E agora, que acabou a formação e que nos lançamos aos nossos projectos, umas com mais urgência, outras com menos, estamos a entrar noutra dimensão. Numa dimensão em que a qualquer momento começamos a andar cada vez mais rápido. Tão rápido, que quando damos conta, seremos as empresárias do futuro, agora!

É esse o meu desejo para todas nós, cada uma a seu tempo. Mas que todas tenhamos o sucesso que merecemos porque nos vamos empenhar nisso a fundo. Sem nunca deixar o que é importante para nós para trás! Atenção a isso...

Meninas, trabalhemos, pois vamos lá chegar! Tenho a certeza disso e com muito, muito sucesso!

Beijos a todas:
Margarida, Joyce, Cristina, Pamela, Aldira, Isabel, Sayonara, Sandra, Arlete, Lídia, Rosa, Marisa, Maria João, Sónia e Gilda.

domingo, novembro 14, 2010

Vila de Monchique e Fóia

Fóio - Setembro 2010. Aqui, as núvens estão abaixo de nós...
Fóia: ponto mais alto de todo o Algarve, com os seus cerca de 910 metros de altitude, transporta-nos para outra estação, mesmo em pleno dia de Verão. Neste dia, com cerca de 31ºC ao nível do mar, chegamos lá acima e a temperatura vai para os 12-13ºC!
Frio. Muito frio, para quem vai de vestes de Verão!

Ao chegar lá acima, podemos apreciar a vista sobre toda a Serra de Monchique, onde as árvores formam um verdejante tapete que cobre grande parte da Serra. Pena e triste, as manchas despovoadas de árvores que se avistam aqui e além, devido a "desastres" que o Homem  ainda insiste em manter e promover, com os fogos que se verificam ano após ano...
Subir ao cimo das pedras na Fóia.


 As árvores, como alguém escreveu, "formam um misterioso jardim, uma catedral natural que o mar emoldura no infinito."

Lá em cima, sentimos a fria briza e as núvens que por nós passam e nos fazem sentir como sendo "parte" da natureza, de forma nua e natural.







 Descemos, em sentido à Vila de Monchique. Pelo caminho, passando por caminhos emoldurados de vegetação luxuriante, fontes, ribeiros e regatos que a cada curva se vão descobrindo. É esta riqueza hidrológica que dá vida, cor e frescura a esta região.

Castanhas ainda dentro do "ouriço" em fase de amadurecimento.

Castanheiro (árvore adulta) - nome científico: Castanea sativa

Uma das espécies, entre muitas outras, que se evidenciam na paisagem, são os Castanheiros (Castanea sativa), que nesta altura do ano, nos fornecem o precioso fruto, que pelas ruas das nossas vilas e cidades nos fazem cescer a água na boca - as castanhas. Aqui, ainda em fase de maturação.
Caminhos na Serra da Monchique, entre Castanheiros e Eucaliptos.

Caminhos e mais caminhos, por entre árvores várias. Aqui, uma zona de eucaliptal.

A extracção de sienitos (usada nas pedras de calçada da região) e a extracção de cortiça, são duas das actividades económicas mais importantes na região, a par do engarrafamento da água de Monchique e da exploração florestal intensiva (eucaliptos e pinheiros).

Outras fontes de rendimento são os produtos agro-alimentares artesanais e a apicultura. A suinicultura e a agricultura de subsistência, em socalcos, tmabém são relevantes para a economia local. Convém referir a já famosa Feira dos Enchidos de Monchique!


Vistas panorâmicas da Serra, transporta-nos para várias direcções e orientações desde a Serra até ao mar, lá ao fundo...
Vista da Serra num dos muitos miradouros que se podem encontrar.

Vila de Monchique: arte e cultura popular encontram-se no centro da vila.
Descemos mais um pouco pela serra e chegamos á vila: Vila de Monchique.

Aqui, encontramos a tradição da vila, aliada à modernização, num misto de arte e tradição, que tanto motiva e incentiva o turismo local.
Alusão aos mais pequenos da vila.

Painel de azulejos, situado no centro da vila.

Vista panoramica da Vila de Monchique.

Mais uma das vistas da Serra de Monchique.


Vale a pena visitar, com calma e tempo, de forma a descobrir o que de genuíno ainda existe na nossa região.

Fui um dia muito bem passado, em família.

Ah, e já agora, não deixe de experimentar a melhor parte: a gastronomia local - doces e enchidos....hum!

Aprecie e....bons passeios.
Momentos da vida da Vila, onde o doutor conversava com os mais jovens da terra.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Alte - onde o verde e a água convidam a infindáveis momentos de lazer

Em mais um dia de passeio pelo nosso barrocal algarvio, cheguei a este fantástico lugar, baptizado de ALTE. Com as suas casas de tipo rural, construídas em taipa e com tecto de caniço que enquadram a brancura de uma aldeira tipicamente serrana, atraem qualquer turista nacional ou estrangeiros, para um passeio pedonal pelas suas ruas e ruelas. Note-se que a aldeia de Alte é geralmente considerada como uma das mais bonitas de Portugal.
Foi a tipicidade desta aldeia que me convidou a percorrer essas ruas apertadas, com calçadas empedradas com a tradicional calçada e com pequenos páteos aqui e ali, cheios de floreiras de coloridas e floridas sardinheiras (Pelargonium zonale).
A aldeia foi edificada entre os 4 cerros que a rodeiam: Galvana, Francelheira, Castelo e Rocha Maior, e convido-vos a um passeio "virtual" pela aldeia:

Num dos painéis visíveis ao longo do passeio junto á ribeira, é possível ver e ler este poema de Luís de Camões, tão antigo na sua origem, mas igualmente actual na mensagem que deixa.

Numa das esplanadas junto á ribeira, todas as mesas são construídas com os pés em ferro provenientes das famosas máquinas de costura de mesa - SINGER. Original e respeita os princípios da reciclagem...

A ribeira que atravessa Alte, desde a Fonte Grande à Queda do Vigário, dá frescura perene e alegria á aldeia. É frequente encontrar crianças e adultos a banharem-se e a brincar nas límpidas e frias águas da ribeira.




Pela aldeia adentro, caminhando desde a ribeira até ao centro da aldeia, é possível observar pequenas e típicas ruelas, com a sua típica calçada á portuguesa e aqui, com uma esplêndida bougainvillea em flor para alegrar o olho.

Em frente da Igreja Matriz de Alte, consegue ver-se ainda a placa na parede da casa que indica o sentido da Estrada Nacional, por caminhos outrora seguidos, mas que neste momento apenas são seguidos pelos turistas, curiosos e moradores locais, que querem explorar os caminhos de antigamente.
Capela de S. Luís nos dias de hoje.

Capela de S. Luíz nos tempos de outrora. Ao longo das ruelas podemos observar imagens dos vários pontos históricos da vila, em diferentes momentos da sua vida e evolução. Observem que a árvore é ainda a mesma em ambas as imagens...


Porta principal de entrada da Igreja Matriz. Com fundação anterior ao séc. XV, a igreja sofreu remodelações nos séc. XVI e XVIII. O portal e as pias baptismais são manuelinos. O maior destaque desta igreja, são a abóboda quinhentista artesoada, revestida com azulejos do séc. XVIII e talha barroca. Magníficos azulejos policromos completam a decoração da igreja, assim como as belas imagensde Santa Teresa (séc. XVII), Nossa Senhora do Rosário e Santa Margarida (séc. XVIII), também decoradas a azulejo.

Vista geral da Igreja Matriz, no centro da Aldeia de Alte.

De volta á Ribeira, passo por mais uma ruela em que a arquitectura típica se funde com o conforto das modernas casas por dentro, mas mantêm a cor e imagem de antigamente por fora.

Rua dos Pisadoiros, um painel de azulejos descreve e mostra uma das actividades praticada nos tempos idos e que ainda se mantêm vivo nas mentes dos mais idosos. Esta era a rua em que a actividade de empreita da palma era praticada desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do sol, pelas senhoras da terra. A tarefa consistia em, após demolhar nas levadas da ribeira e enxuto o esparto, nas suas margens, este (o esparto) era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia. Á noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos, numa delicada e fina baracinha. Eram depois comercializados como objectos funcionais do quotidiano: ceirões, cabos, sacos de rede, alcofas, tapetes...
  
Um dos pontos mais altos da aldeia, onde é poss

Escultura na ribeira.


 
O pormenor de troncos de alfarrobeira (nome científico: Ceratonia siliqua, nome comum: alfarrobeira) a emergir de uma rocha, demonstrando e elevada capacidade de resistência e de persistência, para vingar num sistema rochoso como o da região. Podia ser uma escultura, mas é a natureza a sua autora... 


Exemplo de uma nora em funcionamento. Esta encontra-se á entrada do restaurante "Fonte Pequena", que se recomenda, principalmente pela especialidade que eu bastante aprecio: Carapaus alimados.....

Vista da margem lateral da ribeira

Um dos muitos poemas de Cândido Guerreiro - poeta altense, que tantas vezes se inspirou nas suas visitas á Fonte Pequena. O poeta apreciava particularmente a harmonia bucólica do local, cujas características ainda hoje se mantêm. Aliás, foi nesse lugar que a povoação resolveu adificar uma estátua sua, em sua homenagem.

A Fonte Pequena.

Ponte de acesso á vila, que passa sobre a ribeira. Vejam-se os bandos de patos mudos, patos reais e cisnes que passeam calmamente pela ribeira em busca de comida que os transeuntes e residentes lhes atiram á água.... A Maggie bem que olhou para eles e fez as suas contas de cabeça......mas decidiu apenas nadar com eles!
Ora bem.....quantos são?????

Ataque!!!!.....Bolas, a água está fria, brrrrrrr.........
fugiram todos. Porque seria?
 Muitas coisas ficaram por ver, mas muitas ficaram na memória. É um passeio para fazer só, ou em família, mas não esquecer nunca um farnelzito e um livro ou caderno de apontamentos, de forma a poder apreciar verdadeiramente este ambiente á nossa volta, que tanta gente inspirou...

E não deixe de apreciar a doçaria e confeitaria com a tradicional amêndoa e mel, nas pastelarias locais. E a aguardente de medronho que vai bem com todos esses docinhos...

Divirta-se e bons passeios...

terça-feira, setembro 07, 2010

Aniversário - o meu...

Mais um anito de experiência, como eu costumo dizer.
Quando somos crianças, queremos ser adultos depressa, para fazer o que os "grandes" fazem. Quando somos adolescentes, queremos ter rapidamente 18 anos, para ser "de maior"! Chegados os 18, (rapidamente!), começamos a somar.....somar.....somar.....e eis que passados uns anitos, dizemos: "Bolas, ainda ontem era uma criança traquina, e hoje já tenho esta idade!".
Pois venham eles (os anos), pois cá estamos para ver o que vamos fazendo dessa mesma idade. Vamos crescendo (não só em idade!...) e vamos aprendendo (ou por vezes desaprendendo) a (sobre)viver. E isso, é a parte positiva de tudo: estar cá para corrigir o que se faz menos bem, melhorar aquilo em que nos deserascamos bem e acima de tudo, estar ao lado de quem mais gostamos e que para nós tudo significa: a família, os amigos - humanos e animais - e todos aqueles que de uma forma ou outro marcam cada dia das nossas vidas.

E sermos felizes é importante. Com a idade, todo o conceito de felicidade vai mudando e o meu está a mudar a cada minuto. Sou feliz, á minha maneira, para os meus conceitos estabelecidos. E isso basta.
Há uns meses captei esta imagem numa traineira na Ilha de Faro, pelo que não sabendo quem poderá ser o seu proprietário, desde já lhe agradeço a mensagem: "somos felizes" e quero convosco partilhá-la:

Por isso, Feliz Aniversário para mim e para todos aqueles que partilham esta data comigo....

Sejam felizes à vossa maneira...

segunda-feira, agosto 16, 2010

Feliz Aniversário, Maggie!

Parabéns por estes 8 anitos passados na minha companhia.

Á minha menina, tudo há a dizer, mas poucas palavras o podem descrever: dedicação, carinho, boa disposição, prontidão, brincalhona, doce...... tantas palavras!                A este maravilhoso Ser, um obrigado muito grande e que continue a aturar-me por muitos e muitos anos mais....



domingo, agosto 01, 2010

Novidades...

Novidades...
Diz o dicionário da Porto Editora, (pré acordo ortográfico!) que "novidade" é "a qualidade daquilo ou de quem é novo; primeira informação; nova; notícia; originalidade; raridade; estranheza; perigo; desgraça; motim; os primeiros frutos da colheita."
É tudo isso de facto, e muito mais. Novidade para mim, é tudo aquilo que nos surge nas nossas vidas e que de uma qualquer forma nos atinge pela positiva ou menos favoravelmente, pelo lado negativo. Nos altera os nossos princípios, a nossa maneira de pensar, ou mais radicalmente, a nossa maneira de viver.

Ao encontrar coisas "novas" na vida, vemos a nossa percepção do mundo alterada. Tudo o que se julgava certo, muda. Tudo o que existia já não existe. Mas, vendo pelo lado positivo, é uma oportunidade para mudar. Para evoluir. Para alterar os nossos objectivos e metas. É o passar do imaginado ao potencial real!

Confusa esta minha intervenção passados tantos meses sobre a minha última entrada, mas é o que sinto. Aconteceram coisas novas - novidades - que me mudaram e fizeram ver tudo de outra forma com uma novo olhar. E aí está a beleza das coisas, mesmo que nos pareçam inicialmente más: pudemos mudar tudo e voltar a reiniciar as nossas vidas. Por muito difícil ou quase impossível que nos possa parecer, tudo é possível. Não basta desejá-lo, temos que querer mesmo!
Vamos ver onde estas novidades nos levam....

Boa praia...

domingo, abril 18, 2010

Festa Grande da Mãe Soberana, Nossa Senhora da Piedade - Loulé









Neste dia 18 de Abril, na cidade de Loulé, ocorreu mais um evento de carácter religioso, onde ocorreram milhares de fiéis à cidade. Neste dia, festeja-se o adeus à padroeira de Loulé, conhecida pela "festa grande". Durante a "festa pequena", que decorreu 15 dias antes, festejou-se a descida da ermida da Senhora da Piedade, até à Igreja de São Francisco.


Um pouco de História:

As festividades da Mãe Soberana constituem uma tradição que data do século XVI estando ainda bastante enraizada na comunidade local.

Nesta manifestação de culto pela fé existem duas vertentes distintas: a religiosa no seu sentido significativo, e a profana, na mais ampla e liberal exteriorização popular.

Conta a lenda que, várias foram as tentativas para construir uma ermida em honra da Virgem da Piedade, numa gruta, saíndo sempre frustradas. Conta-se que os pedreiros, ao fim do dia de trabalho e ao deixar as ferramentas no local, regressavam pela manhã e encontravam essas mesmas ferramentas no alto de cerro. Atribuiu-se então tal facto, a uma intervenção e "milagre" da santa, que assim manifestava a sua vontade de ter a sua casa num local alto e sobranceiro e não escondida numa gruta. E fez-se a sua vontade...

As datas de construção/edificação não são claras, e os historiadores têm vindo a considerar a data de 1553 como sendo a "data oficial" da edificação da Ermida da Nossa Senhora da Piedade.

A missa:



O programa das comemorações começa nos dias 15, 16 e 17 de Abril, com um Tríduo Solene em que se assinala o Dia dos Colaboradores, do Idoso e do Doente, da Família e dos Jovens. Várias são as missas celebradas, em vários pontos da cidade. No dia 18, é então celebrada a missa campal, junto ao Monumento Engº Duarte Pacheco, presidida pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas. Após a eucaristia, tem início a grande procissão que percorre então as ruas da cidade.

Mesmo com a ameaça de chuva, que até se fez notar por breves momentos, a afluência ao evento fez-se notar. Gente local e vinda de todo o Algarve e regiões mais além, portugueses e estrangeiros (multi-nações), assistiram á missa e acompanharam a Santa na sua caminhada até á Capela.





Como a tradição manda, são os "jovens de carregam a Santa pelas ruas da cidade até ao seu Santuário, passando essa tradição de pais para filhos. Em tempos passados, estes homens eram considerados seres com capacidades sobre-humanas, devido ao esforço necessário para alcançar o cume e o Santuário.

Vestidos a rigor, com as suas vestes brancas (calças e opas) e mantos azuis, 8 homens caminham então pelo difícil percurso desde a baixa da cidade até ao cimo do íngreme serro onde se situa o Santuário, sempre ao ritmo da música tocada pela banda filarmónica e ainda acompanhada pelos Bombeiros e GNR.



Curiosidades:
Na procissão da "festa grande", o andor, na sua despedida à cidade, pára em frente ao edifício dos Paços do Concelho, pois era aí, que se elegiam os mordomos da confraria de Nossa Senhora da Piedade e se nomeavam os homens que em cada ano transportariam o andor. Mas também porque se pretende sublinhar os laços eclesiásticos e laicos e também porque se quer lembrar aos que tomam as rédeas ao poder local, a Piedade, a Honestidade, o Sofrimento, enfim, a Humanidade (...!!!...).

A beleza da decoração do andor e a riqueza do bordado do manto da Santa é inegável. Ricamente bordado a fio de ouro, sobre a cor azul, relembra a tradição e perfeição das bordadeiras de outros tempos. Vale a pena admirar a beleza deste bordado...
Logo que se escutam os acordes da "marcha picada" do hino da Mãe Soberana, o passo acelera, transformando-se numa corrida de equilibrio, com a população a exortar o esforço. Acenam-se com milhares de lenços brancos a sua passagem e dão-se vivas á Santa.
Ainda um facto curioso, é o de os homens que levam o andor caminharem em passo rápido, fazendo com que a Santa dance ao ritmo da música, facto este único e diferente de qualquer outra procissão a que jamais assisti, proporcionando um sentimento de alegria e fé a todos os que assistem à sua passagem. O olhar e a expressão no rosto dos mais velhotes dá-nos um sentimento de crença, só possível num meio como o vivenciado aqui, no momento...


Estamos agora frente ao largo de S. Francisco. Aqui, paramos para um breve momento de descanso, para que os portadores do andor possam recuperar forças para o percurso final.

Após isso, inicia-se a escalada do caminho que dá acesso ao Altar da Nossa Senhora da Piedade. Este é um momento espantoso da fé cristã nesta terra. Ao esforço gigantesco dos homens que transportam a Virgem, alia-se a força espiritual dos muitos fiéis que, em vivas e em passo vivo e na cadência musicada dos membros da banda, vão "empurrando", calçada acima, o pesado andor da padroeira.







Resta apenas dizer que não é só em Fátima que se vive a fé, mas é também aqui que, hoje e desde décadas, acontece a maior manifestação de religiosidade a Sul do País.
Desconhecida por muitos, mas vivenciada por bastantes....

Hino
Nossa Senhora da Piedade
Ó doce Mãe da Piedade,
Ó Maria Imaculada
Sede para sábio e rude
A nossa mãe muito amada
Sede a nossa Protectora,
Ó doce Virgem Maria.
Sede a Rainha, Senhora,
Da nossa terra algarvia.
Sede a nossa Mãe Soberana.
Nossa esperança, amparo e luz.
Sede a Guia carinhosa
Que pobres e cegos conduz.
Terra de Santa Maria,
Ó bendita Mãe de Deus,
Todo o povo em vós confia.
No mar, na terra e nos céus.

Texto elaborado com o apoio a artigos publicados pela Câmara Municipal de Loulé na página do Município e ainda em artigos da página CNA - Central de Notícias do Algarve e Observatório do Algarve.