quinta-feira, junho 19, 2008

Albizia julibrissin - em flor

Hoje, trago-vos mais uma planta que pode ser vista em muitas ruas e avenidas das nossas vilas e cidades:


Albizia julibrissin assim se chama esta bonita árvore de pequeno porte.

Ainda há poucas semanas, não era mais do que um tronco com pequenos ramos que parecia nada prometer.



No entanto, esta semana, podem ver como ela ficou bonita.



Com uma cor que surpreende qualquer um, apresenta umas folhas com aparência muito suave e delicada, que sob uma pequena brisa, ondula de uma forma muito, muito elegante.




Uma vez que as flores aparecem sobre as folhas, quem poder contemplar esta árvore de cima, tem uma bonita imagem da sua beleza.




Relembro apenas que, tal como nós humanos podemos ser atraídos para a sua beleza, também os insectos, nomeadamente as abelhas, são bastante atraídos pelas suas flores. Assim, para quem não "gosta" de insectos ou se sinta incomodado com a sua presença, cuidado! Admirem-na á distância!


Eu, pessoalmente, considero esta árvore, uma das plantas deste mês de Junho, em que o sol tardou, mas depressa aqueceu...


Admirem-na, quando verem uma. Vale a pena...

sexta-feira, junho 13, 2008

Cistanche phelypaea


Esta planta tem o nome de Cistanche phelypaea. Nome difícil, mas é difícil resistir á sua beleza e impacto visual na natureza e paisagem da costa litoral algarvia.
Como a bibliografia descreve, é possível observá-la nas zonas de areais litorais e sapais, aparecendo, no Algarve, no Barlavento e no Sotavento. Mas, também ao longo de toda a costa a sul do Tejo é possível vê-la.
Esta, mais precisamente, foi vista em Tavira, perto da praia da Fuzeta.
Com uma cor de um amarelo intenso, atrai o nosso olho e um olhar mais atento permite vislumbrar as bonitas flores de que o cacho é constituido.
O que me espanta é a sua elevada capacidade de resistência a solos salinos, pois ela, sendo uma planta parasita de outras espécies circundantes, só consegue mesmo viver sob estas condições específicas de solo, e claro outros factores como a qualidade da água e temperatura.
Embora seja mais fácil observá-la na primavera, altura em que está no seu auge de floração, se observarem com mais atenção, poderão encontrá-la nestes dias ainda (pico do Verão), uma aqui, outra ali.
São bonitas, vistosas e ... muito amarelas, no meio de outros tons mais neutros.
Para mais informação, poderão ainda consultar o seguinte link:
http://www.icn.pt/psrn2000/caracterizacao_valores_naturais/habitats/1420.pdf
Vão ver que é interessante, e não deixem de admirar as fantásticas maravilhas da Natureza.
Boa praia...

terça-feira, junho 10, 2008

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...



Hoje é dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.


É o dia em que se assinala o aniversário da morte de Camões, a 10 de Junho de 1580, assim como é também o Dia Nacional de Portugal.


É um dia feriado para nós, isto é, para aqueles previlegiados que podem gozar este dia de folga, e muitos aproveitaram o fim de semana "prolongado", metendo mais um diazito de férias, para ser um longo fim-de-semana para descançar.

Eu fiz o mesmo, e aproveitei para apanhar uma cor na praia. Descançar, estar com amigos e familiares e, no fundo não fazer nada. Sabe bem, não é?

No entanto, passei o dia a pensar que tal como Camões um dia escreveu, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. O que há uns anos era da praxe assistir a discursos, apresentações da Marinha ou Força Aérea ou outros eventos relacionados com o tema de Portugal, de Camões ou das respectivas Comunidades Portuguesas, hoje não é bem assim. Acredito que muitas pessoas não se apercebam da verdadeira razão de ser deste dia e nem saberão talvez o seu significado. Para muitos, será um dia de descanço (de preferência) em que farão tudo, menos (pelo menos!) tentar saber mais deste dia.

Por outro lado, também não posso criticar, pois ao contrário da cultura do futebol ou dos concertos (p.ex. Rock in Rio - Lisboa) que consegue mover milhares de pessoas para assistir ás suas representações, a parte cultural e genuina do nosso povo tende em desaparecer. O Marketing e Publicidade não chega aqui. Não há divulgação, excepto pequenos títulos nas revistas ou jornais diários. Pareçe até que não há vantagens económicas em mover este mundo cultural.

Este tipo de eventos não são divulgados. Não por culpa de alguém, mas por culpa de todos nós, que nos estamos (perdoem-me a linguagem) "borrifando" para comemorações destas e que queremos é gozar o dia na praia, num bom concerto musical, numa party ou outra qualquer situação bem mais divertida.

Mas não deveria de ser assim!

Entristece-me ver que cada vez mais a cultura se relaciona com futebol, música (estrangeira, porque a maioria da Nacional é "Pimba"!) e similares. Vá lá que o Fado está a ter cada vez maior presença na vida nacional, mas pareçe-me que apenas acontece assim, porque os "estrangeiros" vêm de propósito a Portugal para viver esse ambiente de Fado, Saudade, e música portuguesa. E se os estrangeiros dizem que é bom, então eles é que sabem!


Não pretendo ser diferente das outras pessoas, mas custa-me que assim seja e que também eu faça isso. Hoje fiz. Mas, em minha defesa e daqueles que gostam destas coisas e de manter a tradição, também não temos outra hipótese, pois por aqui, nada aconteçe, pois estes eventos só acontecem nos grandes centros. E para ir aos grandes centros, a vida não ajuda. Por isso, vamo-nos ficando pelo "passeio dos tesos" que, neste caso, é a praia!


Com tudo isto pretendo apenas dizer o seguinte: Portugueses, compatriotas, pensem e acreditem no seguinte:
não esqueçam o passado, pois o sucesso do futuro depende das lições que se aprenderam no passado. E só é possível avançar, com o conhecimento da história que nos trouxe até este momento. Não tentem copiar os outros povos, pois cada povo é um povo.

Tenham orgulho em ser Portugueses, pois por cá não há só desgraças. Há muita "cultura", no verdadeiro sentido da palavra, há muito avanço tecnológico e, talvez não acreditem, mas somos mesmo modelo para o Mundo em muitas áreas tecnológicas e científicas. Falta apenas o apoio de todos nós e o orgulho de sermos de facto Portugueses, que tal como os nossos antepassados sempre andaram á frente de todo o Mundo.

Para acabar, e já que hoje é dia de Camões, aqui fica um poema para vós.



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

(Por Luíz Vaz de Camões, 1595)

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as máguas da lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

segunda-feira, junho 09, 2008

A tecnologia do Vento

Energia Eólica - a tecnologia do vento

Fotografias tiradas na Serra de Monchique:




E agora já acreditam que Portugal pode estar á frente neste tipo de tecnologias? Isto é, das Energias Alternativas?
Neste tipo, e não só. Se querem saber mais, leiam a revista National Geographic - Portugal, de Junho de 2008 que vale a pena ler. O artigo da pág. 3-21 intitulado "Lugar ao Sol", está excelente e mostra-nos o que de melhor podemos fazer na área das energias alternativas, desenvolvendo tecnologias de vanguarda.
Aproveito aqui para dar os meus parabéns á revista, pela excelente qualidade das reportagens e claro, e pelas excelentes imagens que nos proporcionam sensações únicas e uma grande vontade de conhecer mais sobre aqueles lugares apresentados nas reportagens.

quinta-feira, junho 05, 2008

Caldas de Monchique

Como prometido, fálo-vos hoje das Caldas de Monchique.

Mais do que as palavras possam dizer, mostro-vos o que vimos:




A praça central.





Óptima para ler um livro, revista ou jornal e tomar algo (ou lanchar, por exemplo) sob a copa destes magníficos exemplares de árvores. Ou, muito simplesmente ouvir o som das aves e respirar este ar, num dos muitos bancos disponíveis no largo.





Sintam e deixem entranhar em vós esse momento extremamente agradável.


Magia "Zen"...




Andem um pouco pelas ruelas á volta da praça central, e contemplem bonitos exemplos da criatividade e gosto pela arte dos nossos antepassados. Mostro-vos uma imagem de uns degraus que por sinal acabam ali, mas que noutros tempos, concerteza foram bastante utilizados para levar os transeuntes desta ruela para outra mais acima...


Feitos com pedra da região, proporcionam uma cor e textura única, permitindo ás plantas selvagens (vulgo ervas) crescer nas suas nervuras e criar depois este microambiente, quase tropical, que nos refresca nos quentes e secos dias de Verão.






Caminhando só mais um pouco, descendo a rua, podemos ver as excelentes instalações das Termas de Monchique, tão frequentadas pelas suas propriedades curativas para problemas ortopédicos e respiratórios:









Entretanto, até lá chegar vá contemplando a vegetação, as sombras, as casas á volta e aprecie quanto é bom saber que existem lugares destes tão próximo de nós.








Afinal, ainda temos muito para conhecer e explorar á nossa volta.


Não é só lá fora que há coisas bonitas. Logo alí, na esquina a seguir á nossa casa, há algo que nunca reparámos existir, mas que sempre lá esteve. E esse algo, poderá mesmo ser uma terriola, igual a tantas outras, mas única na sua maneira de ser.


Cor, textura, sons, imagens, objectos...

Tudo isto poderá ser novo para nós em dado momento ou instante da nossa vida.

Como sempre digo, mantenham o espírito aberto a tudo o que vos rodeia, pois nunca se sabe quando poderemos ver uma coisa que nunca tinhamos visto antes e que poderá ser de uma beleza que nem conseguimos descrever. As "pequenas" coisas podem muito bem ser uma coisa muito "grande" para qualquer um de nós num determonado momento e contexto.


Bons passeios. E mantenham-se "Zen minded "...

terça-feira, junho 03, 2008

"Vá para fora, cá dentro.."

Monchique:

terra dos enchidos, presuntos, queijos, doces típicos da região,...,hummmmmm!!!

Só de pensar, dá fome!

Mas deixemos a comida (que por sinal tive o prazer de saborear, obviamente, pois quem vai a Monchique e não visita uma boa esplanada com acepipes destes á frente, não poderá de forma alguma apreciar a região como deve ser!


Pois é, estive em Monchique e obviamente nas Caldas de Monchique há alguns dias atrás com os meus familiares. Passámos por estradas de terra batida e vimos uma paisagem linda. Algo agreste e bastante árida, mas linda.


Para quem conhece,terá talvez a mesma opinião. Não fosse os constantes fogos que assolam a região todos os anos, com maior ou menor intensidade, era talvez uma das zonas mais bonitas do Algarve. Afinal, do cimo da Fóia consegue-se avistar uma boa porção de terra à volta da região: Lagos, Portimão, e em dias límpidos, quase é possível ver toda a serra a norte e uma pontinha da Costa Vicentina.


Senão, vejam:

Peço desculpa pela qualidade da imagem, mas a culpa (claro!) não foi do fotógrafo, mas da imensa quantidade de nuvens e nebulina presente naquele dia!...




Imagem tirada do pico da Fóia, a avistar a Costa.



Mas, não só a vista é espantosa, como todo o ambiente que nos rodeia quando estamos no cimo. A frescura do ar, (estava fresquinho, para um dia de suposto Verão!), os sons da Natureza como o vento, as aves, os chocalhos das vacas que estavam a pastar mais abaixo,....

E perdoem-me aqueles que acham
estes "monstros" um atentado á paisagem. Meus amigos, permitam-me dizer isto:
Estes "monstros" são mesmo impressionantes. De longe já nos parecem grandes, mas quando estamos sob as pás, a vê-las girar, apercebemos-nos que somos mesmo uma formiguinhas á sua beira!
Ouvir o som destas unidades é algo indiscritível: não é barulhento, mas deixa-nos alerta, e ao mesmo tempo consegue manter o nosso espírito "Zen", pois não chocando nada com a paisagem (outras coisas há, bem piores!), dá uma certa calma e tranquilidade a quem está junto delas.
Afinal, estamos a utilizar a Natureza de uma forma que não a prejudica e ao mesmo tempo nos dá o conforto para a vida do dia-a-dia.
Parabéns a quem inventou este método de obtenção de energia.
E mais ainda, com tanto vento grátis que dispomos nesta região (e outras), porque razão havemos de estar a esgotar reservas que não mais poderão ser substituidas sem com isso prejudicar as nossas gerações futuras e a sustentabilidade do nosso Planeta?
Bem, ainda não falei das Caldas de Monchique, mas vou falar noutro dia, senão hoje ficam massados com tanta leitura.
Bons passeios e visitem a região. Vale a pena.
Até à próxima.

quinta-feira, junho 19, 2008

Albizia julibrissin - em flor

Hoje, trago-vos mais uma planta que pode ser vista em muitas ruas e avenidas das nossas vilas e cidades:


Albizia julibrissin assim se chama esta bonita árvore de pequeno porte.

Ainda há poucas semanas, não era mais do que um tronco com pequenos ramos que parecia nada prometer.



No entanto, esta semana, podem ver como ela ficou bonita.



Com uma cor que surpreende qualquer um, apresenta umas folhas com aparência muito suave e delicada, que sob uma pequena brisa, ondula de uma forma muito, muito elegante.




Uma vez que as flores aparecem sobre as folhas, quem poder contemplar esta árvore de cima, tem uma bonita imagem da sua beleza.




Relembro apenas que, tal como nós humanos podemos ser atraídos para a sua beleza, também os insectos, nomeadamente as abelhas, são bastante atraídos pelas suas flores. Assim, para quem não "gosta" de insectos ou se sinta incomodado com a sua presença, cuidado! Admirem-na á distância!


Eu, pessoalmente, considero esta árvore, uma das plantas deste mês de Junho, em que o sol tardou, mas depressa aqueceu...


Admirem-na, quando verem uma. Vale a pena...

sexta-feira, junho 13, 2008

Cistanche phelypaea


Esta planta tem o nome de Cistanche phelypaea. Nome difícil, mas é difícil resistir á sua beleza e impacto visual na natureza e paisagem da costa litoral algarvia.
Como a bibliografia descreve, é possível observá-la nas zonas de areais litorais e sapais, aparecendo, no Algarve, no Barlavento e no Sotavento. Mas, também ao longo de toda a costa a sul do Tejo é possível vê-la.
Esta, mais precisamente, foi vista em Tavira, perto da praia da Fuzeta.
Com uma cor de um amarelo intenso, atrai o nosso olho e um olhar mais atento permite vislumbrar as bonitas flores de que o cacho é constituido.
O que me espanta é a sua elevada capacidade de resistência a solos salinos, pois ela, sendo uma planta parasita de outras espécies circundantes, só consegue mesmo viver sob estas condições específicas de solo, e claro outros factores como a qualidade da água e temperatura.
Embora seja mais fácil observá-la na primavera, altura em que está no seu auge de floração, se observarem com mais atenção, poderão encontrá-la nestes dias ainda (pico do Verão), uma aqui, outra ali.
São bonitas, vistosas e ... muito amarelas, no meio de outros tons mais neutros.
Para mais informação, poderão ainda consultar o seguinte link:
http://www.icn.pt/psrn2000/caracterizacao_valores_naturais/habitats/1420.pdf
Vão ver que é interessante, e não deixem de admirar as fantásticas maravilhas da Natureza.
Boa praia...

terça-feira, junho 10, 2008

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...



Hoje é dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.


É o dia em que se assinala o aniversário da morte de Camões, a 10 de Junho de 1580, assim como é também o Dia Nacional de Portugal.


É um dia feriado para nós, isto é, para aqueles previlegiados que podem gozar este dia de folga, e muitos aproveitaram o fim de semana "prolongado", metendo mais um diazito de férias, para ser um longo fim-de-semana para descançar.

Eu fiz o mesmo, e aproveitei para apanhar uma cor na praia. Descançar, estar com amigos e familiares e, no fundo não fazer nada. Sabe bem, não é?

No entanto, passei o dia a pensar que tal como Camões um dia escreveu, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. O que há uns anos era da praxe assistir a discursos, apresentações da Marinha ou Força Aérea ou outros eventos relacionados com o tema de Portugal, de Camões ou das respectivas Comunidades Portuguesas, hoje não é bem assim. Acredito que muitas pessoas não se apercebam da verdadeira razão de ser deste dia e nem saberão talvez o seu significado. Para muitos, será um dia de descanço (de preferência) em que farão tudo, menos (pelo menos!) tentar saber mais deste dia.

Por outro lado, também não posso criticar, pois ao contrário da cultura do futebol ou dos concertos (p.ex. Rock in Rio - Lisboa) que consegue mover milhares de pessoas para assistir ás suas representações, a parte cultural e genuina do nosso povo tende em desaparecer. O Marketing e Publicidade não chega aqui. Não há divulgação, excepto pequenos títulos nas revistas ou jornais diários. Pareçe até que não há vantagens económicas em mover este mundo cultural.

Este tipo de eventos não são divulgados. Não por culpa de alguém, mas por culpa de todos nós, que nos estamos (perdoem-me a linguagem) "borrifando" para comemorações destas e que queremos é gozar o dia na praia, num bom concerto musical, numa party ou outra qualquer situação bem mais divertida.

Mas não deveria de ser assim!

Entristece-me ver que cada vez mais a cultura se relaciona com futebol, música (estrangeira, porque a maioria da Nacional é "Pimba"!) e similares. Vá lá que o Fado está a ter cada vez maior presença na vida nacional, mas pareçe-me que apenas acontece assim, porque os "estrangeiros" vêm de propósito a Portugal para viver esse ambiente de Fado, Saudade, e música portuguesa. E se os estrangeiros dizem que é bom, então eles é que sabem!


Não pretendo ser diferente das outras pessoas, mas custa-me que assim seja e que também eu faça isso. Hoje fiz. Mas, em minha defesa e daqueles que gostam destas coisas e de manter a tradição, também não temos outra hipótese, pois por aqui, nada aconteçe, pois estes eventos só acontecem nos grandes centros. E para ir aos grandes centros, a vida não ajuda. Por isso, vamo-nos ficando pelo "passeio dos tesos" que, neste caso, é a praia!


Com tudo isto pretendo apenas dizer o seguinte: Portugueses, compatriotas, pensem e acreditem no seguinte:
não esqueçam o passado, pois o sucesso do futuro depende das lições que se aprenderam no passado. E só é possível avançar, com o conhecimento da história que nos trouxe até este momento. Não tentem copiar os outros povos, pois cada povo é um povo.

Tenham orgulho em ser Portugueses, pois por cá não há só desgraças. Há muita "cultura", no verdadeiro sentido da palavra, há muito avanço tecnológico e, talvez não acreditem, mas somos mesmo modelo para o Mundo em muitas áreas tecnológicas e científicas. Falta apenas o apoio de todos nós e o orgulho de sermos de facto Portugueses, que tal como os nossos antepassados sempre andaram á frente de todo o Mundo.

Para acabar, e já que hoje é dia de Camões, aqui fica um poema para vós.



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

(Por Luíz Vaz de Camões, 1595)

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as máguas da lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

segunda-feira, junho 09, 2008

A tecnologia do Vento

Energia Eólica - a tecnologia do vento

Fotografias tiradas na Serra de Monchique:




E agora já acreditam que Portugal pode estar á frente neste tipo de tecnologias? Isto é, das Energias Alternativas?
Neste tipo, e não só. Se querem saber mais, leiam a revista National Geographic - Portugal, de Junho de 2008 que vale a pena ler. O artigo da pág. 3-21 intitulado "Lugar ao Sol", está excelente e mostra-nos o que de melhor podemos fazer na área das energias alternativas, desenvolvendo tecnologias de vanguarda.
Aproveito aqui para dar os meus parabéns á revista, pela excelente qualidade das reportagens e claro, e pelas excelentes imagens que nos proporcionam sensações únicas e uma grande vontade de conhecer mais sobre aqueles lugares apresentados nas reportagens.

quinta-feira, junho 05, 2008

Caldas de Monchique

Como prometido, fálo-vos hoje das Caldas de Monchique.

Mais do que as palavras possam dizer, mostro-vos o que vimos:




A praça central.





Óptima para ler um livro, revista ou jornal e tomar algo (ou lanchar, por exemplo) sob a copa destes magníficos exemplares de árvores. Ou, muito simplesmente ouvir o som das aves e respirar este ar, num dos muitos bancos disponíveis no largo.





Sintam e deixem entranhar em vós esse momento extremamente agradável.


Magia "Zen"...




Andem um pouco pelas ruelas á volta da praça central, e contemplem bonitos exemplos da criatividade e gosto pela arte dos nossos antepassados. Mostro-vos uma imagem de uns degraus que por sinal acabam ali, mas que noutros tempos, concerteza foram bastante utilizados para levar os transeuntes desta ruela para outra mais acima...


Feitos com pedra da região, proporcionam uma cor e textura única, permitindo ás plantas selvagens (vulgo ervas) crescer nas suas nervuras e criar depois este microambiente, quase tropical, que nos refresca nos quentes e secos dias de Verão.






Caminhando só mais um pouco, descendo a rua, podemos ver as excelentes instalações das Termas de Monchique, tão frequentadas pelas suas propriedades curativas para problemas ortopédicos e respiratórios:









Entretanto, até lá chegar vá contemplando a vegetação, as sombras, as casas á volta e aprecie quanto é bom saber que existem lugares destes tão próximo de nós.








Afinal, ainda temos muito para conhecer e explorar á nossa volta.


Não é só lá fora que há coisas bonitas. Logo alí, na esquina a seguir á nossa casa, há algo que nunca reparámos existir, mas que sempre lá esteve. E esse algo, poderá mesmo ser uma terriola, igual a tantas outras, mas única na sua maneira de ser.


Cor, textura, sons, imagens, objectos...

Tudo isto poderá ser novo para nós em dado momento ou instante da nossa vida.

Como sempre digo, mantenham o espírito aberto a tudo o que vos rodeia, pois nunca se sabe quando poderemos ver uma coisa que nunca tinhamos visto antes e que poderá ser de uma beleza que nem conseguimos descrever. As "pequenas" coisas podem muito bem ser uma coisa muito "grande" para qualquer um de nós num determonado momento e contexto.


Bons passeios. E mantenham-se "Zen minded "...

terça-feira, junho 03, 2008

"Vá para fora, cá dentro.."

Monchique:

terra dos enchidos, presuntos, queijos, doces típicos da região,...,hummmmmm!!!

Só de pensar, dá fome!

Mas deixemos a comida (que por sinal tive o prazer de saborear, obviamente, pois quem vai a Monchique e não visita uma boa esplanada com acepipes destes á frente, não poderá de forma alguma apreciar a região como deve ser!


Pois é, estive em Monchique e obviamente nas Caldas de Monchique há alguns dias atrás com os meus familiares. Passámos por estradas de terra batida e vimos uma paisagem linda. Algo agreste e bastante árida, mas linda.


Para quem conhece,terá talvez a mesma opinião. Não fosse os constantes fogos que assolam a região todos os anos, com maior ou menor intensidade, era talvez uma das zonas mais bonitas do Algarve. Afinal, do cimo da Fóia consegue-se avistar uma boa porção de terra à volta da região: Lagos, Portimão, e em dias límpidos, quase é possível ver toda a serra a norte e uma pontinha da Costa Vicentina.


Senão, vejam:

Peço desculpa pela qualidade da imagem, mas a culpa (claro!) não foi do fotógrafo, mas da imensa quantidade de nuvens e nebulina presente naquele dia!...




Imagem tirada do pico da Fóia, a avistar a Costa.



Mas, não só a vista é espantosa, como todo o ambiente que nos rodeia quando estamos no cimo. A frescura do ar, (estava fresquinho, para um dia de suposto Verão!), os sons da Natureza como o vento, as aves, os chocalhos das vacas que estavam a pastar mais abaixo,....

E perdoem-me aqueles que acham
estes "monstros" um atentado á paisagem. Meus amigos, permitam-me dizer isto:
Estes "monstros" são mesmo impressionantes. De longe já nos parecem grandes, mas quando estamos sob as pás, a vê-las girar, apercebemos-nos que somos mesmo uma formiguinhas á sua beira!
Ouvir o som destas unidades é algo indiscritível: não é barulhento, mas deixa-nos alerta, e ao mesmo tempo consegue manter o nosso espírito "Zen", pois não chocando nada com a paisagem (outras coisas há, bem piores!), dá uma certa calma e tranquilidade a quem está junto delas.
Afinal, estamos a utilizar a Natureza de uma forma que não a prejudica e ao mesmo tempo nos dá o conforto para a vida do dia-a-dia.
Parabéns a quem inventou este método de obtenção de energia.
E mais ainda, com tanto vento grátis que dispomos nesta região (e outras), porque razão havemos de estar a esgotar reservas que não mais poderão ser substituidas sem com isso prejudicar as nossas gerações futuras e a sustentabilidade do nosso Planeta?
Bem, ainda não falei das Caldas de Monchique, mas vou falar noutro dia, senão hoje ficam massados com tanta leitura.
Bons passeios e visitem a região. Vale a pena.
Até à próxima.