Em mais um dia de passeio pelo nosso barrocal algarvio, cheguei a este fantástico lugar, baptizado de ALTE. Com as suas casas de tipo rural, construídas em taipa e com tecto de caniço que enquadram a brancura de uma aldeira tipicamente serrana, atraem qualquer turista nacional ou estrangeiros, para um passeio pedonal pelas suas ruas e ruelas. Note-se que a aldeia de Alte é geralmente considerada como uma das mais bonitas de Portugal. Foi a tipicidade desta aldeia que me convidou a percorrer essas ruas apertadas, com calçadas empedradas com a tradicional calçada e com pequenos páteos aqui e ali, cheios de floreiras de coloridas e floridas sardinheiras (Pelargonium zonale). A aldeia foi edificada entre os 4 cerros que a rodeiam: Galvana, Francelheira, Castelo e Rocha Maior, e convido-vos a um passeio "virtual" pela aldeia:
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Num dos painéis visíveis ao longo do passeio junto á ribeira, é possível ver e ler este poema de Luís de Camões, tão antigo na sua origem, mas igualmente actual na mensagem que deixa. |
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Numa das esplanadas junto á ribeira, todas as mesas são construídas com os pés em ferro provenientes das famosas máquinas de costura de mesa - SINGER. Original e respeita os princípios da reciclagem... |
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A ribeira que atravessa Alte, desde a Fonte Grande à Queda do Vigário, dá frescura perene e alegria á aldeia. É frequente encontrar crianças e adultos a banharem-se e a brincar nas límpidas e frias águas da ribeira. |
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Pela aldeia adentro, caminhando desde a ribeira até ao centro da aldeia, é possível observar pequenas e típicas ruelas, com a sua típica calçada á portuguesa e aqui, com uma esplêndida bougainvillea em flor para alegrar o olho. |
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Em frente da Igreja Matriz de Alte, consegue ver-se ainda a placa na parede da casa que indica o sentido da Estrada Nacional, por caminhos outrora seguidos, mas que neste momento apenas são seguidos pelos turistas, curiosos e moradores locais, que querem explorar os caminhos de antigamente. |
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Capela de S. Luís nos dias de hoje. |
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Capela de S. Luíz nos tempos de outrora. Ao longo das ruelas podemos observar imagens dos vários pontos históricos da vila, em diferentes momentos da sua vida e evolução. Observem que a árvore é ainda a mesma em ambas as imagens... |
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Porta principal de entrada da Igreja Matriz. Com fundação anterior ao séc. XV, a igreja sofreu remodelações nos séc. XVI e XVIII. O portal e as pias baptismais são manuelinos. O maior destaque desta igreja, são a abóboda quinhentista artesoada, revestida com azulejos do séc. XVIII e talha barroca. Magníficos azulejos policromos completam a decoração da igreja, assim como as belas imagensde Santa Teresa (séc. XVII), Nossa Senhora do Rosário e Santa Margarida (séc. XVIII), também decoradas a azulejo. |
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Vista geral da Igreja Matriz, no centro da Aldeia de Alte. |
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De volta á Ribeira, passo por mais uma ruela em que a arquitectura típica se funde com o conforto das modernas casas por dentro, mas mantêm a cor e imagem de antigamente por fora. |
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Rua dos Pisadoiros, um painel de azulejos descreve e mostra uma das actividades praticada nos tempos idos e que ainda se mantêm vivo nas mentes dos mais idosos. Esta era a rua em que a actividade de empreita da palma era praticada desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do sol, pelas senhoras da terra. A tarefa consistia em, após demolhar nas levadas da ribeira e enxuto o esparto, nas suas margens, este (o esparto) era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia. Á noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos, numa delicada e fina baracinha. Eram depois comercializados como objectos funcionais do quotidiano: ceirões, cabos, sacos de rede, alcofas, tapetes... |
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Um dos pontos mais altos da aldeia, onde é poss |
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Escultura na ribeira. |
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O pormenor de troncos de alfarrobeira (nome científico: Ceratonia siliqua, nome comum: alfarrobeira) a emergir de uma rocha, demonstrando e elevada capacidade de resistência e de persistência, para vingar num sistema rochoso como o da região. Podia ser uma escultura, mas é a natureza a sua autora... |
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Exemplo de uma nora em funcionamento. Esta encontra-se á entrada do restaurante "Fonte Pequena", que se recomenda, principalmente pela especialidade que eu bastante aprecio: Carapaus alimados..... |
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Vista da margem lateral da ribeira |
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Um dos muitos poemas de Cândido Guerreiro - poeta altense, que tantas vezes se inspirou nas suas visitas á Fonte Pequena. O poeta apreciava particularmente a harmonia bucólica do local, cujas características ainda hoje se mantêm. Aliás, foi nesse lugar que a povoação resolveu adificar uma estátua sua, em sua homenagem. |
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A Fonte Pequena. |
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Ponte de acesso á vila, que passa sobre a ribeira. Vejam-se os bandos de patos mudos, patos reais e cisnes que passeam calmamente pela ribeira em busca de comida que os transeuntes e residentes lhes atiram á água.... A Maggie bem que olhou para eles e fez as suas contas de cabeça......mas decidiu apenas nadar com eles! |
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Ora bem.....quantos são????? |
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Ataque!!!!.....Bolas, a água está fria, brrrrrrr.........
fugiram todos. Porque seria? |
Muitas coisas ficaram por ver, mas muitas ficaram na memória. É um passeio para fazer só, ou em família, mas não esquecer nunca um farnelzito e um livro ou caderno de apontamentos, de forma a poder apreciar verdadeiramente este ambiente á nossa volta, que tanta gente inspirou...
E não deixe de apreciar a doçaria e confeitaria com a tradicional amêndoa e mel, nas pastelarias locais. E a aguardente de medronho que vai bem com todos esses docinhos...
Divirta-se e bons passeios...
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