segunda-feira, outubro 18, 2010

Alte - onde o verde e a água convidam a infindáveis momentos de lazer

Em mais um dia de passeio pelo nosso barrocal algarvio, cheguei a este fantástico lugar, baptizado de ALTE. Com as suas casas de tipo rural, construídas em taipa e com tecto de caniço que enquadram a brancura de uma aldeira tipicamente serrana, atraem qualquer turista nacional ou estrangeiros, para um passeio pedonal pelas suas ruas e ruelas. Note-se que a aldeia de Alte é geralmente considerada como uma das mais bonitas de Portugal.
Foi a tipicidade desta aldeia que me convidou a percorrer essas ruas apertadas, com calçadas empedradas com a tradicional calçada e com pequenos páteos aqui e ali, cheios de floreiras de coloridas e floridas sardinheiras (Pelargonium zonale).
A aldeia foi edificada entre os 4 cerros que a rodeiam: Galvana, Francelheira, Castelo e Rocha Maior, e convido-vos a um passeio "virtual" pela aldeia:

Num dos painéis visíveis ao longo do passeio junto á ribeira, é possível ver e ler este poema de Luís de Camões, tão antigo na sua origem, mas igualmente actual na mensagem que deixa.

Numa das esplanadas junto á ribeira, todas as mesas são construídas com os pés em ferro provenientes das famosas máquinas de costura de mesa - SINGER. Original e respeita os princípios da reciclagem...

A ribeira que atravessa Alte, desde a Fonte Grande à Queda do Vigário, dá frescura perene e alegria á aldeia. É frequente encontrar crianças e adultos a banharem-se e a brincar nas límpidas e frias águas da ribeira.




Pela aldeia adentro, caminhando desde a ribeira até ao centro da aldeia, é possível observar pequenas e típicas ruelas, com a sua típica calçada á portuguesa e aqui, com uma esplêndida bougainvillea em flor para alegrar o olho.

Em frente da Igreja Matriz de Alte, consegue ver-se ainda a placa na parede da casa que indica o sentido da Estrada Nacional, por caminhos outrora seguidos, mas que neste momento apenas são seguidos pelos turistas, curiosos e moradores locais, que querem explorar os caminhos de antigamente.
Capela de S. Luís nos dias de hoje.

Capela de S. Luíz nos tempos de outrora. Ao longo das ruelas podemos observar imagens dos vários pontos históricos da vila, em diferentes momentos da sua vida e evolução. Observem que a árvore é ainda a mesma em ambas as imagens...


Porta principal de entrada da Igreja Matriz. Com fundação anterior ao séc. XV, a igreja sofreu remodelações nos séc. XVI e XVIII. O portal e as pias baptismais são manuelinos. O maior destaque desta igreja, são a abóboda quinhentista artesoada, revestida com azulejos do séc. XVIII e talha barroca. Magníficos azulejos policromos completam a decoração da igreja, assim como as belas imagensde Santa Teresa (séc. XVII), Nossa Senhora do Rosário e Santa Margarida (séc. XVIII), também decoradas a azulejo.

Vista geral da Igreja Matriz, no centro da Aldeia de Alte.

De volta á Ribeira, passo por mais uma ruela em que a arquitectura típica se funde com o conforto das modernas casas por dentro, mas mantêm a cor e imagem de antigamente por fora.

Rua dos Pisadoiros, um painel de azulejos descreve e mostra uma das actividades praticada nos tempos idos e que ainda se mantêm vivo nas mentes dos mais idosos. Esta era a rua em que a actividade de empreita da palma era praticada desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do sol, pelas senhoras da terra. A tarefa consistia em, após demolhar nas levadas da ribeira e enxuto o esparto, nas suas margens, este (o esparto) era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia. Á noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos, numa delicada e fina baracinha. Eram depois comercializados como objectos funcionais do quotidiano: ceirões, cabos, sacos de rede, alcofas, tapetes...
  
Um dos pontos mais altos da aldeia, onde é poss

Escultura na ribeira.


 
O pormenor de troncos de alfarrobeira (nome científico: Ceratonia siliqua, nome comum: alfarrobeira) a emergir de uma rocha, demonstrando e elevada capacidade de resistência e de persistência, para vingar num sistema rochoso como o da região. Podia ser uma escultura, mas é a natureza a sua autora... 


Exemplo de uma nora em funcionamento. Esta encontra-se á entrada do restaurante "Fonte Pequena", que se recomenda, principalmente pela especialidade que eu bastante aprecio: Carapaus alimados.....

Vista da margem lateral da ribeira

Um dos muitos poemas de Cândido Guerreiro - poeta altense, que tantas vezes se inspirou nas suas visitas á Fonte Pequena. O poeta apreciava particularmente a harmonia bucólica do local, cujas características ainda hoje se mantêm. Aliás, foi nesse lugar que a povoação resolveu adificar uma estátua sua, em sua homenagem.

A Fonte Pequena.

Ponte de acesso á vila, que passa sobre a ribeira. Vejam-se os bandos de patos mudos, patos reais e cisnes que passeam calmamente pela ribeira em busca de comida que os transeuntes e residentes lhes atiram á água.... A Maggie bem que olhou para eles e fez as suas contas de cabeça......mas decidiu apenas nadar com eles!
Ora bem.....quantos são?????

Ataque!!!!.....Bolas, a água está fria, brrrrrrr.........
fugiram todos. Porque seria?
 Muitas coisas ficaram por ver, mas muitas ficaram na memória. É um passeio para fazer só, ou em família, mas não esquecer nunca um farnelzito e um livro ou caderno de apontamentos, de forma a poder apreciar verdadeiramente este ambiente á nossa volta, que tanta gente inspirou...

E não deixe de apreciar a doçaria e confeitaria com a tradicional amêndoa e mel, nas pastelarias locais. E a aguardente de medronho que vai bem com todos esses docinhos...

Divirta-se e bons passeios...

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segunda-feira, outubro 18, 2010

Alte - onde o verde e a água convidam a infindáveis momentos de lazer

Em mais um dia de passeio pelo nosso barrocal algarvio, cheguei a este fantástico lugar, baptizado de ALTE. Com as suas casas de tipo rural, construídas em taipa e com tecto de caniço que enquadram a brancura de uma aldeira tipicamente serrana, atraem qualquer turista nacional ou estrangeiros, para um passeio pedonal pelas suas ruas e ruelas. Note-se que a aldeia de Alte é geralmente considerada como uma das mais bonitas de Portugal.
Foi a tipicidade desta aldeia que me convidou a percorrer essas ruas apertadas, com calçadas empedradas com a tradicional calçada e com pequenos páteos aqui e ali, cheios de floreiras de coloridas e floridas sardinheiras (Pelargonium zonale).
A aldeia foi edificada entre os 4 cerros que a rodeiam: Galvana, Francelheira, Castelo e Rocha Maior, e convido-vos a um passeio "virtual" pela aldeia:

Num dos painéis visíveis ao longo do passeio junto á ribeira, é possível ver e ler este poema de Luís de Camões, tão antigo na sua origem, mas igualmente actual na mensagem que deixa.

Numa das esplanadas junto á ribeira, todas as mesas são construídas com os pés em ferro provenientes das famosas máquinas de costura de mesa - SINGER. Original e respeita os princípios da reciclagem...

A ribeira que atravessa Alte, desde a Fonte Grande à Queda do Vigário, dá frescura perene e alegria á aldeia. É frequente encontrar crianças e adultos a banharem-se e a brincar nas límpidas e frias águas da ribeira.




Pela aldeia adentro, caminhando desde a ribeira até ao centro da aldeia, é possível observar pequenas e típicas ruelas, com a sua típica calçada á portuguesa e aqui, com uma esplêndida bougainvillea em flor para alegrar o olho.

Em frente da Igreja Matriz de Alte, consegue ver-se ainda a placa na parede da casa que indica o sentido da Estrada Nacional, por caminhos outrora seguidos, mas que neste momento apenas são seguidos pelos turistas, curiosos e moradores locais, que querem explorar os caminhos de antigamente.
Capela de S. Luís nos dias de hoje.

Capela de S. Luíz nos tempos de outrora. Ao longo das ruelas podemos observar imagens dos vários pontos históricos da vila, em diferentes momentos da sua vida e evolução. Observem que a árvore é ainda a mesma em ambas as imagens...


Porta principal de entrada da Igreja Matriz. Com fundação anterior ao séc. XV, a igreja sofreu remodelações nos séc. XVI e XVIII. O portal e as pias baptismais são manuelinos. O maior destaque desta igreja, são a abóboda quinhentista artesoada, revestida com azulejos do séc. XVIII e talha barroca. Magníficos azulejos policromos completam a decoração da igreja, assim como as belas imagensde Santa Teresa (séc. XVII), Nossa Senhora do Rosário e Santa Margarida (séc. XVIII), também decoradas a azulejo.

Vista geral da Igreja Matriz, no centro da Aldeia de Alte.

De volta á Ribeira, passo por mais uma ruela em que a arquitectura típica se funde com o conforto das modernas casas por dentro, mas mantêm a cor e imagem de antigamente por fora.

Rua dos Pisadoiros, um painel de azulejos descreve e mostra uma das actividades praticada nos tempos idos e que ainda se mantêm vivo nas mentes dos mais idosos. Esta era a rua em que a actividade de empreita da palma era praticada desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do sol, pelas senhoras da terra. A tarefa consistia em, após demolhar nas levadas da ribeira e enxuto o esparto, nas suas margens, este (o esparto) era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia. Á noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos, numa delicada e fina baracinha. Eram depois comercializados como objectos funcionais do quotidiano: ceirões, cabos, sacos de rede, alcofas, tapetes...
  
Um dos pontos mais altos da aldeia, onde é poss

Escultura na ribeira.


 
O pormenor de troncos de alfarrobeira (nome científico: Ceratonia siliqua, nome comum: alfarrobeira) a emergir de uma rocha, demonstrando e elevada capacidade de resistência e de persistência, para vingar num sistema rochoso como o da região. Podia ser uma escultura, mas é a natureza a sua autora... 


Exemplo de uma nora em funcionamento. Esta encontra-se á entrada do restaurante "Fonte Pequena", que se recomenda, principalmente pela especialidade que eu bastante aprecio: Carapaus alimados.....

Vista da margem lateral da ribeira

Um dos muitos poemas de Cândido Guerreiro - poeta altense, que tantas vezes se inspirou nas suas visitas á Fonte Pequena. O poeta apreciava particularmente a harmonia bucólica do local, cujas características ainda hoje se mantêm. Aliás, foi nesse lugar que a povoação resolveu adificar uma estátua sua, em sua homenagem.

A Fonte Pequena.

Ponte de acesso á vila, que passa sobre a ribeira. Vejam-se os bandos de patos mudos, patos reais e cisnes que passeam calmamente pela ribeira em busca de comida que os transeuntes e residentes lhes atiram á água.... A Maggie bem que olhou para eles e fez as suas contas de cabeça......mas decidiu apenas nadar com eles!
Ora bem.....quantos são?????

Ataque!!!!.....Bolas, a água está fria, brrrrrrr.........
fugiram todos. Porque seria?
 Muitas coisas ficaram por ver, mas muitas ficaram na memória. É um passeio para fazer só, ou em família, mas não esquecer nunca um farnelzito e um livro ou caderno de apontamentos, de forma a poder apreciar verdadeiramente este ambiente á nossa volta, que tanta gente inspirou...

E não deixe de apreciar a doçaria e confeitaria com a tradicional amêndoa e mel, nas pastelarias locais. E a aguardente de medronho que vai bem com todos esses docinhos...

Divirta-se e bons passeios...