sábado, abril 10, 2010

Cacela Velha - Vila Real de Sto. António

Mais um dia de passeio pelas bonitas Vilas e Aldeias do nosso Algarve Rural, desta feita:


Cacela Velha... e voltou a magia de outros tempos!

Entrando pela EN125, entre Vila Real de Stº. António e Tavira, encontramos estas placas que indicam a saída. (Perdoem-me pela má qualidade da mesma, mas houve uma pequena falha técnica, que prometo corrigir logo que possível). Dêem um pulo ás duas localidades mencionadas: Cacela Velha e Sítio da Fábrica. Vai valer a pena...


Trago-vos hoje, algumas imagens de Cacela Velha, pequena aldeia em varanda sobre um dos extremos da Ria Formosa, que mantem até hoje, a magia de outros tempos.



Delicada, muito pequenina, cheia de histórias, com um legado único de antepassados que por ali passaram, deixando a sua marca indelével, permitindo hoje espreitar o passado.










A aldeia, um conjunto arquitectónico harmonioso, detém a
credencial de Imóvel de Interesse Público desde 23 de Setembro de 1983.





Ao entrar na aldeia, começamos por pisar um belíssimo pavimento em calçada portuguesa, remetendo-nos desde logo para outros tempo...

Ruas estreitas, muito bem caiadas de branco e limpas, guiam-nos até á Igreja Matriz, no limite a sul da aldeia. Aí, vemos uma das mais belas paisagens e cenário deste sul algarvio:





o melhor de Cacela!





É simplesmente fantástico observar o sol deitando-se de mansinho no espelho d'água que se estende até onde a nossa vista alcança...




Continuando a caminhada, contornamos a Igreja Matriz, seguimos ao longo do muro em direcção ao centro da aldeia e chegamos ao largo em frente à Fortaleza.


Esta Fortaleza foi mandada construir no reinado de D. João III ou de D. Sebastião, visto o castelo árabe-medieval escontrar-se, à época, quase totalmente desmantelado. O edifício sofreu várias vicissitudes ao longo da sua existência, tendo ficado praticamente destruido com o terramoto de 1755. Foi mandada reconstruir por D. Rodrigo de Noronha em 1770, prolongando-se os trabalhos até 1794.


Na actualidade, as dependências da Fortaleza estão ocupadas pela Brigada Fiscal da GNR e o seu acesso ao interior carece de autorização.












Mais uma magnífica imagem, desta vez no sentido de Vila Real de Santo António...




No largo central podemos observar esta nora, donde ainda é possível retirar água para o consumo dos populares



Em frente á entrada para a Fortaleza, podemos observar as Casas da Câmara. Edificações térreas situadas no limite da povoação, junto á antiga cerca árabe-medieval. A antiga cadeia ocupava uma destas casas e as cavalariças outra.


Estas edificações, que aparecem indicadas em cartas dos séc. XVII e XVIII foram entretanto transformadas em casas para habitação, mantendo no entanto os duplos beirais da construção inicial.


As


Casas, caiadas de branco, com o tradicional azul cobalto e amarelas nas barras das frontarias cintilam quando expostas aos raios solares num lindo dia como este. Por momentos, até parece que estou numa outra aldeia, no meio do Alentejo, minha terra mãe... e o tempo parou!

Também eu parei, ao ver a Maggie a dar uma pequena corrida a este gatinho, que na sua natural calma, se espreguiçava sobre os ramos de uma árvore.










Mas o gatito, na sua ideia, bem sabia que estava bem seguro onde estava, e pouco se ralou com a situação, observando o horizonte, talvez em busca do seu jantar!



Iniciámos a nossa caminhada de volta ao Xaimite, e quase a sair, observo os nomes de uma dada rua, e penso:
"Senhores dirigentes deste nosso pedaço á beira mar plantado: temos história, usem-na e divulgem o que de melhor temos neste periodo tão conturbado em que vivemos."
Isto são nomes de ruas. Representam algo. A hsitória do local, das suas gentes, do seu passado e daqueles que lutaram para nós pudermos ver estas (cada vez menos) maravilhas do nosso país...
Rua das Violetas, Rua das Oliveiras....o que é isso???????
Daqui seguimos para a Fábrica, mas essas imagens ficam para outro dia...

Bons passeios e divirtam-se por esse Portugal fora!

2 comentários:

Unknown disse...

Sinto-me fazer parte desses passeios pelo interior do Algarve ao ler estas descricoes interessantes e fotos a acompanhar.
Obg por este momento.
A maggie é a cadela mais sortuda do mundo !

Quinta da Mareja disse...

A companhia é sempre bem vinda e fico a aguardar a tua companhia em breve, para visitar-mos este e outros tantos lugares fantásticos que por aqui há!.....
Obrigado por estares por aqui.
De facto, a Maggie é presença sempre assídua nestas andanças...

sábado, abril 10, 2010

Cacela Velha - Vila Real de Sto. António

Mais um dia de passeio pelas bonitas Vilas e Aldeias do nosso Algarve Rural, desta feita:


Cacela Velha... e voltou a magia de outros tempos!

Entrando pela EN125, entre Vila Real de Stº. António e Tavira, encontramos estas placas que indicam a saída. (Perdoem-me pela má qualidade da mesma, mas houve uma pequena falha técnica, que prometo corrigir logo que possível). Dêem um pulo ás duas localidades mencionadas: Cacela Velha e Sítio da Fábrica. Vai valer a pena...


Trago-vos hoje, algumas imagens de Cacela Velha, pequena aldeia em varanda sobre um dos extremos da Ria Formosa, que mantem até hoje, a magia de outros tempos.



Delicada, muito pequenina, cheia de histórias, com um legado único de antepassados que por ali passaram, deixando a sua marca indelével, permitindo hoje espreitar o passado.










A aldeia, um conjunto arquitectónico harmonioso, detém a
credencial de Imóvel de Interesse Público desde 23 de Setembro de 1983.





Ao entrar na aldeia, começamos por pisar um belíssimo pavimento em calçada portuguesa, remetendo-nos desde logo para outros tempo...

Ruas estreitas, muito bem caiadas de branco e limpas, guiam-nos até á Igreja Matriz, no limite a sul da aldeia. Aí, vemos uma das mais belas paisagens e cenário deste sul algarvio:





o melhor de Cacela!





É simplesmente fantástico observar o sol deitando-se de mansinho no espelho d'água que se estende até onde a nossa vista alcança...




Continuando a caminhada, contornamos a Igreja Matriz, seguimos ao longo do muro em direcção ao centro da aldeia e chegamos ao largo em frente à Fortaleza.


Esta Fortaleza foi mandada construir no reinado de D. João III ou de D. Sebastião, visto o castelo árabe-medieval escontrar-se, à época, quase totalmente desmantelado. O edifício sofreu várias vicissitudes ao longo da sua existência, tendo ficado praticamente destruido com o terramoto de 1755. Foi mandada reconstruir por D. Rodrigo de Noronha em 1770, prolongando-se os trabalhos até 1794.


Na actualidade, as dependências da Fortaleza estão ocupadas pela Brigada Fiscal da GNR e o seu acesso ao interior carece de autorização.












Mais uma magnífica imagem, desta vez no sentido de Vila Real de Santo António...




No largo central podemos observar esta nora, donde ainda é possível retirar água para o consumo dos populares



Em frente á entrada para a Fortaleza, podemos observar as Casas da Câmara. Edificações térreas situadas no limite da povoação, junto á antiga cerca árabe-medieval. A antiga cadeia ocupava uma destas casas e as cavalariças outra.


Estas edificações, que aparecem indicadas em cartas dos séc. XVII e XVIII foram entretanto transformadas em casas para habitação, mantendo no entanto os duplos beirais da construção inicial.


As


Casas, caiadas de branco, com o tradicional azul cobalto e amarelas nas barras das frontarias cintilam quando expostas aos raios solares num lindo dia como este. Por momentos, até parece que estou numa outra aldeia, no meio do Alentejo, minha terra mãe... e o tempo parou!

Também eu parei, ao ver a Maggie a dar uma pequena corrida a este gatinho, que na sua natural calma, se espreguiçava sobre os ramos de uma árvore.










Mas o gatito, na sua ideia, bem sabia que estava bem seguro onde estava, e pouco se ralou com a situação, observando o horizonte, talvez em busca do seu jantar!



Iniciámos a nossa caminhada de volta ao Xaimite, e quase a sair, observo os nomes de uma dada rua, e penso:
"Senhores dirigentes deste nosso pedaço á beira mar plantado: temos história, usem-na e divulgem o que de melhor temos neste periodo tão conturbado em que vivemos."
Isto são nomes de ruas. Representam algo. A hsitória do local, das suas gentes, do seu passado e daqueles que lutaram para nós pudermos ver estas (cada vez menos) maravilhas do nosso país...
Rua das Violetas, Rua das Oliveiras....o que é isso???????
Daqui seguimos para a Fábrica, mas essas imagens ficam para outro dia...

Bons passeios e divirtam-se por esse Portugal fora!