terça-feira, fevereiro 23, 2010

Ilha da Madeira - Portugal

É difícil falar nesta região sem o sentimento de pesar, lamento e solidariedade para com as pessoas que vivem nesta região e que de um momento para o outro viram a sua vida literalmente a "andar para trás".
A força da Natureza, uma vez mais, ditou e mostrou, que não é o Homem que controla a Natureza, mas o oposto. E num breve momento (horas ou minutos) é possível mudar toda a vida e rumo de uma população, arrastando consigo vidas de inocentes que estavam no momento e lugar errado, na hora errada.

A minha questão, e o que me deixa continuamente perplexa é o facto de o Homem, embora não podendo nunca prever o "pensamento" da Natureza e da casualidade, insistir em ser o SER SUPERIOR! Não o é! Nunca o poderá ser, pois por muito engenhocas e evoluído que seja, não consegue atingir o mais simples da vida: não alteres ou mudes o que demonstrou funcionar bem.

O que quero dizer com estas palavras?
Pois bem, cá vai e lamento ir ferir algumas susceptibilidades, mas as verdades por vezes magoam: será que é necessário tapar, desviar, estrangular ou colocar obstáculos em ribeiras, rios e similares, mesmo sabendo que só em casos especiais e caudal é forte? Não? Então o que aconteceu na Madeira? Umas horas de chuva causaram aluimentos de terras, arrastamento de pedras, árvores e outros pelas barreiras abaixo até ao mar, arrastando tudo na sua frente. Pontes, estradas, casas..... e porquê? Já pensaram nisso?

Construir junto ao mar, junto aos rios para poder sair á rua e molhar os pés, construir abaixo do nível do mar, sobre dunas ou barreiras onde se pode ver o horizonte melhor que o vizinho que está na frente, ocupar terrenos que têm dono (Natureza)... enfim, um sem fim de pormenores que em época de bonaza trás felicidade e benefícios económicos para os próprios. Mas, em casos de desgraça, trás tristeza e despesa para todos.

E isso meus amigos é o que quero apontar. E gostava que todos pensassem um pouco naquilo que todos andamos a fazer: desenvolvimento NÃO SUSTENTÁVEL! Destruição maciça daquilo que é de todos e que a ninguém deveria pertencer económica ou politicamente! É o que a Natureza nos está a demonstrar.

Venham de lá esses PDM's e afins com pés e cabeça e a pensar nos maus momentos. Não apenas no lucro e dias de sol! Pensem nas populações que têm que viver nessas regiões um ano inteiro, enquanto os políticos usufruem dessas mesmas áreas apenas nas férias (de Verão, preferencialmente ou festas e feriados).

Será que irá fazer muita diferença caminhar um pouco mais para ficar mais a salvo de possíveis torrentes de água que possam surgir a qualquer momento?
Será que investir um pouco em redes de drenagem e limpezas de cursos naturais de água poderão alterar muito o buraco nos bolsos dos contribuintes?
Será que planear melhor zonas habitacionais/industriais/verdes é tão complicado e trabalhoso?
...

E isto não é só na Madeira! Vejam as notícias de hoje e dos dias que passaram....inundações...fogos...terramotos...tsunamis...vidas perdidas...

Tanta engenharia e ainda não se consegue engendrar uma forma de atenuar estes números?

Vale a pena pensar nisso...

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terça-feira, fevereiro 23, 2010

Ilha da Madeira - Portugal

É difícil falar nesta região sem o sentimento de pesar, lamento e solidariedade para com as pessoas que vivem nesta região e que de um momento para o outro viram a sua vida literalmente a "andar para trás".
A força da Natureza, uma vez mais, ditou e mostrou, que não é o Homem que controla a Natureza, mas o oposto. E num breve momento (horas ou minutos) é possível mudar toda a vida e rumo de uma população, arrastando consigo vidas de inocentes que estavam no momento e lugar errado, na hora errada.

A minha questão, e o que me deixa continuamente perplexa é o facto de o Homem, embora não podendo nunca prever o "pensamento" da Natureza e da casualidade, insistir em ser o SER SUPERIOR! Não o é! Nunca o poderá ser, pois por muito engenhocas e evoluído que seja, não consegue atingir o mais simples da vida: não alteres ou mudes o que demonstrou funcionar bem.

O que quero dizer com estas palavras?
Pois bem, cá vai e lamento ir ferir algumas susceptibilidades, mas as verdades por vezes magoam: será que é necessário tapar, desviar, estrangular ou colocar obstáculos em ribeiras, rios e similares, mesmo sabendo que só em casos especiais e caudal é forte? Não? Então o que aconteceu na Madeira? Umas horas de chuva causaram aluimentos de terras, arrastamento de pedras, árvores e outros pelas barreiras abaixo até ao mar, arrastando tudo na sua frente. Pontes, estradas, casas..... e porquê? Já pensaram nisso?

Construir junto ao mar, junto aos rios para poder sair á rua e molhar os pés, construir abaixo do nível do mar, sobre dunas ou barreiras onde se pode ver o horizonte melhor que o vizinho que está na frente, ocupar terrenos que têm dono (Natureza)... enfim, um sem fim de pormenores que em época de bonaza trás felicidade e benefícios económicos para os próprios. Mas, em casos de desgraça, trás tristeza e despesa para todos.

E isso meus amigos é o que quero apontar. E gostava que todos pensassem um pouco naquilo que todos andamos a fazer: desenvolvimento NÃO SUSTENTÁVEL! Destruição maciça daquilo que é de todos e que a ninguém deveria pertencer económica ou politicamente! É o que a Natureza nos está a demonstrar.

Venham de lá esses PDM's e afins com pés e cabeça e a pensar nos maus momentos. Não apenas no lucro e dias de sol! Pensem nas populações que têm que viver nessas regiões um ano inteiro, enquanto os políticos usufruem dessas mesmas áreas apenas nas férias (de Verão, preferencialmente ou festas e feriados).

Será que irá fazer muita diferença caminhar um pouco mais para ficar mais a salvo de possíveis torrentes de água que possam surgir a qualquer momento?
Será que investir um pouco em redes de drenagem e limpezas de cursos naturais de água poderão alterar muito o buraco nos bolsos dos contribuintes?
Será que planear melhor zonas habitacionais/industriais/verdes é tão complicado e trabalhoso?
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E isto não é só na Madeira! Vejam as notícias de hoje e dos dias que passaram....inundações...fogos...terramotos...tsunamis...vidas perdidas...

Tanta engenharia e ainda não se consegue engendrar uma forma de atenuar estes números?

Vale a pena pensar nisso...