segunda-feira, novembro 23, 2009

Rhynchophorus ferrugineus Olivier

Muito se tem falado nos últimos anos desta praga. Referido muitas vezes como o "Escaravelho das Palmeiras", para o comum dos mortais, tem no entanto este nome técnico: Rhyncophorus ferrugineus Olivier. E pertence á família dos Curculionidae.

Bichinho com umas cores bonitas, tem no entanto um génio bastante destruidor e é extremamente resistente a várias intempéries. Sabiam que os bicharocos desta família apresentam registos fósseis da Era do Peistocénico, ie, há cerca de 1 milhão de anos atrás????

Não obstante a sua longa história neste planeta, o mesmo, e na Era actual é também bastante viajado. Nem que seja pelos meios de transporte actuamente disponíveis! Sim, porque voôs Low Cost é coisa que não falta por aí!

Sendo originário do sudoeste asiático: Sumatra, Borneu, Malásia e Índia, a sua presença na Peninsula Ibérica não se fez tardar. Tendo invadido os nossos vizinhos de uma forma agressiva, acabou por passar a fronteira e cá está! "Finalmente e infelizmente" chegou a este paraíso à beira-mar plantado...

Gostos "culinários" do bicho:


Para falar das mais conhecidas:







Cocos nucífera (coqueiro),

















Phoenix dactylifera (Tamareira);












Phoenix canariensis;
















Washingtonia sp.;






Agave americana....e outras mais, menos comuns na nossa paisagem ou paisagismo.









Embora inicialmente nao seu habitat de origem a sua presença fosse maioritariamente nas palmeiras do tipo Elais guineensis e Cocos nucífera, noutros países onde a praga se foi introduzindo porteriormente, detectou-se a sua presença noutros hospedeiros bem mais atractivos: Ph. dactylifera e Ph. canariensis, inclusivé nas Agaves!

O diagnóstico é simples: olhem para o crescimento das folhas na parte central da palmeira. Se as folhas não apresentarem um desenvolvimento erecto, com alguma atrofia, então não esperem mais! Contactem alguém especialista no tratamento de palmeiras, ou um qualquer viveiro de plantas nas redondezas, que eles poderão aprofundar o diagnóstico e proceder ao seu tratamento atempado.



NÃO ESPEREM POR VER CAIR AS FOLHAS! AÍ, MEUS CAROS, ERA UMA VEZ UMA LINDA PALMEIRA QUE DEIXARAM MORRER!




















Não pretendo aqui desenvolver uma tese sobre diagnóstico, danos e controlo da praga, pois para isso existem outros sitios na Net que podem consultar ou bibliografia bastante interessante, que recomendo na minha lista de livros.

O que pretendo é alertar para esta situação. Não parece ainda ter atingido seriamente a consciência da nossa população no geral. Por isso, sinto-me na obrigação de fazer mais um esforço nesse sentido. Mas, não só à população, mas aos nossos dirigentes, que parecem mais centrados em arrumar os escritórios onde agora estão sentados, do que visitarem os seus pontos históricos das suas terras.

Olhem á volta! Será que não sentem a falta daquela palmeira, onde sob as suas folhas se sentavam os "velhotes" da aldeia ou do bairro a ver as moças e as modas passarem?

Será que não repararam ainda nas folhas caídas daquela outra palmeira na praça, que agora morreu e deixa um vazio na paisagem?

Se ainda não repararam, dou-vos aqui uns exemplos:








Fotos tiradas na zona de Lagos (Chinicato) e Praia de Faro.





Para mais informações sobre a identificação da praga e tratamentos, consulte também o site de uma colega de profissão, com bastante informação detalhada:

http://rhynchophorusferrugineus.blogspot.com/

Sem comentários:

segunda-feira, novembro 23, 2009

Rhynchophorus ferrugineus Olivier

Muito se tem falado nos últimos anos desta praga. Referido muitas vezes como o "Escaravelho das Palmeiras", para o comum dos mortais, tem no entanto este nome técnico: Rhyncophorus ferrugineus Olivier. E pertence á família dos Curculionidae.

Bichinho com umas cores bonitas, tem no entanto um génio bastante destruidor e é extremamente resistente a várias intempéries. Sabiam que os bicharocos desta família apresentam registos fósseis da Era do Peistocénico, ie, há cerca de 1 milhão de anos atrás????

Não obstante a sua longa história neste planeta, o mesmo, e na Era actual é também bastante viajado. Nem que seja pelos meios de transporte actuamente disponíveis! Sim, porque voôs Low Cost é coisa que não falta por aí!

Sendo originário do sudoeste asiático: Sumatra, Borneu, Malásia e Índia, a sua presença na Peninsula Ibérica não se fez tardar. Tendo invadido os nossos vizinhos de uma forma agressiva, acabou por passar a fronteira e cá está! "Finalmente e infelizmente" chegou a este paraíso à beira-mar plantado...

Gostos "culinários" do bicho:


Para falar das mais conhecidas:







Cocos nucífera (coqueiro),

















Phoenix dactylifera (Tamareira);












Phoenix canariensis;
















Washingtonia sp.;






Agave americana....e outras mais, menos comuns na nossa paisagem ou paisagismo.









Embora inicialmente nao seu habitat de origem a sua presença fosse maioritariamente nas palmeiras do tipo Elais guineensis e Cocos nucífera, noutros países onde a praga se foi introduzindo porteriormente, detectou-se a sua presença noutros hospedeiros bem mais atractivos: Ph. dactylifera e Ph. canariensis, inclusivé nas Agaves!

O diagnóstico é simples: olhem para o crescimento das folhas na parte central da palmeira. Se as folhas não apresentarem um desenvolvimento erecto, com alguma atrofia, então não esperem mais! Contactem alguém especialista no tratamento de palmeiras, ou um qualquer viveiro de plantas nas redondezas, que eles poderão aprofundar o diagnóstico e proceder ao seu tratamento atempado.



NÃO ESPEREM POR VER CAIR AS FOLHAS! AÍ, MEUS CAROS, ERA UMA VEZ UMA LINDA PALMEIRA QUE DEIXARAM MORRER!




















Não pretendo aqui desenvolver uma tese sobre diagnóstico, danos e controlo da praga, pois para isso existem outros sitios na Net que podem consultar ou bibliografia bastante interessante, que recomendo na minha lista de livros.

O que pretendo é alertar para esta situação. Não parece ainda ter atingido seriamente a consciência da nossa população no geral. Por isso, sinto-me na obrigação de fazer mais um esforço nesse sentido. Mas, não só à população, mas aos nossos dirigentes, que parecem mais centrados em arrumar os escritórios onde agora estão sentados, do que visitarem os seus pontos históricos das suas terras.

Olhem á volta! Será que não sentem a falta daquela palmeira, onde sob as suas folhas se sentavam os "velhotes" da aldeia ou do bairro a ver as moças e as modas passarem?

Será que não repararam ainda nas folhas caídas daquela outra palmeira na praça, que agora morreu e deixa um vazio na paisagem?

Se ainda não repararam, dou-vos aqui uns exemplos:








Fotos tiradas na zona de Lagos (Chinicato) e Praia de Faro.





Para mais informações sobre a identificação da praga e tratamentos, consulte também o site de uma colega de profissão, com bastante informação detalhada:

http://rhynchophorusferrugineus.blogspot.com/