Portimão, Portugal

Pequeno (e rápido!) passeio por Portimão, cidade algarvia.

Enquanto aguardava que o tempo passasse, resolvi fazer uma pequena caminhada pela "baixa" de Portimão, isto é, pela beira-rio mais precisamente. A passeata começou no Parchal, pequena localidade do outro lado do rio. Passei a ponte "velha" de Portimão a pé, e cheguei ao outro lado. Era de manhã, pelo que o trânsito e as pessoas começavam a azáfama da manhã.

A vista não é má, aliás, abstaindo-nos do facto de o betão
prevalecer sobre outra qualquer imagem, até que é uma vista agradável. Basta haver água, para que a imagem seja mais "fresca" e agradável.

Caminhando um pouco mais, e ainda em cima da ponte, olho para cima, e no topo de um dos lampiões, uma caricata ave, conhecida de todos: uma Gaivota.

Primeiro pensamento: deixa ver para que lado está o rabo dela virado! São muito traiçoeiras estas aves, se é que me faço entender... ok, só tenho que passar com bastante atenção e rapidez, porque a posição é a ideal. Para ela...

Ao olhar para o lado oposta da cidade, apercebo-me de outra imagem, completamente diferente. Natural, não fosse a enorme intervenção do Homem, em termos de mobilidade do mesmo. 3 pontes: ponte velha (Parchal-Portimão), ponte EN125 e ponte A22(Via do Infante). E ainda a do comboio.

Impressionante como em tão poucos kilómetros de faixa de rio, passam tantas pontes. Modernização, mobilidade, necessidades ou, simplesmente conveniência de alguns para outros tantos...

Cada um que tire as suas ilações. Eu, por mim, tenho uma ideia própria, mas que fica para mim, pois nada há a fazer neste momento.

Avançando mais um pouco, chego ao fim da ponte e vejo mais de perto esta imagem de Portimão

Agradável, com imenso espaço para passear, para as crianças correrem, brincarem, para os menos jovens se sentarem a gozar a paisagem, a ler o seu jornal ou revista ou saborear um cafézito ou geladinho numa qualquer esplanada, etc, etc...

Não faltarão actividades que se possam fazer em tão prazeroso espaço. E que se estende por muitos e longos metros (ou mesmo kms) ao longo da margem do rio. Barcos e ancoradouros e pequenas marinas ao longo do rio dão o toque de requinte e lembrança do passado (ainda recente) da entrada e saída dos barcos para o mar alto, para a labuta do mar.

Mas, reparei num coisa muito interessante no momento em que me aproximava da margem do passeio: onde estão as guardas de segurança e protecção para evitar qualquer pessoa ou criança menos atenta possa cair ao rio???!!!????

Digo-vos então que, ao longo de toda a faixa que segue o percurso do rio não há uma única guarda ou barreira de protecção para evitar quedas para o rio. Impressiona-me que não tenham ainda havido acidentes por aqui! Ou será que já houve, e eu apenas não sei deles?

Pois é.

É impressionante que se gaste tanto dinheiro para obter estes excelentes resultados paisagísticos, mas que ainda sejam esquecidos os pormenores finais, mas mais importantes que qualquer desenho na calçada, como a segurança de quem pode usufruir deste espaço. É pena que ninguém reclame esse direito. E assustador como ninguém parece importar-se com isso.

Mas, vamos a mais um pouquito de caminhada.

Convem ainda referir que esta primeira fase da caminhada levou cerca de 30 minutos a "bom passo".

Resolvo entrar por uma ruela e, dislumbre-se o turista, não é so em Lisboa que se veem imagens destas. Em Portimão também se encontra disto:

Ruelas estreitas em que mal passa uma viatura, em calçada e ao fundo o rio...

comigo ficou o sentimento que, a qualquer momento, em qualquer lado, e onde menos se espera, podemos encontrar imagens que de alguma forma nos marcam e fazem gostar ainda mais do nosso pequeno país à beira mar plantado!

Bons passeios...